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Produção industrial cai 1,3% em abril; indicador fica abaixo do período pré-pandemia

Produção industrial cai 1,3% em abril; indicador fica abaixo do período pré-pandemia. Foto: Miguel Ângelo/CNI

A produção industrial caiu 1,3% no mês de abril, em relação ao mês anterior. Este é o terceiro resultado negativo consecutivo para o índice, que acumula queda de 4,4% no período. Como resultado, a produção industrial ficou 1% inferior ao nível pré-pandemia de Covid-19.

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18 das 26 atividades pesquisadas pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) refletiram uma queda de abril, impactada principalmente pela queda de 9,5% em coque, derivados de petróleo e biocombustíveis. O setor industrial cresceu 10,5% este ano e 1,1% nos últimos 12 meses, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com os resultados de abril, a produção industrial ficou 17,6% abaixo do nível recorde de maio de 2011.

O gerente da pesquisa, André Macedo, afirma que a expansão do resultado negativo pelas atividades foi a maior desde abril de 2020.

“O crescimento da produção industrial já vinha mostrando um arrefecimento desde a segunda metade do ano passado. Com a entrada de 2021, o recrudescimento da pandemia e todos os efeitos que isso traz, o setor industrial mostrou uma diminuição muito evidente de seu ritmo de produção. Isso fica claro não só pelos resultados negativos, mas também pelo maior espalhamento desse ritmo de queda”, explica.

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IBGE – Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física

O pesquisador ressalta que, com a entrada dos resultados negativos de fevereiro, março e abril, o setor industrial perdeu o ganho acumulado que possuía até janeiro acima do patamar pré-pandemia.

“Em janeiro, tínhamos um saldo de 3,5% acima do patamar registrado em fevereiro de 2020, ou seja, antes da pandemia. Com os resultados de fevereiro, março e abril de 2021, o setor industrial está 1% abaixo daquele patamar”, diz André.

Outros impactos negativos entre as atividades vieram de impressão e reprodução de gravações (-34,8%), de produtos de metal (-4,0%), de couro, artigos para viagem e calçados (-8,9%), de celulose, papel e produtos de papel (-2,6%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-5,2%), de produtos têxteis (-5,4%) e de móveis (-6,5%).

Os resultados negativos alcançaram duas das quatro grandes categorias econômicas: bens de consumo semi e não duráveis (-0,9%) e bens intermediários (-0,8%). Já os setores produtores de bens de capital (2,9%) e de bens de consumo duráveis (1,6%) tiveram resultados positivos. Entre as oito atividades que também tiveram taxas no campo positivo, os principais impactos foram de indústrias extrativas (1,6%), máquinas e equipamentos (2,6%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (1,4%).

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