A produção industrial caiu 1,3% no mês de abril, em relação ao mês anterior. Este é o terceiro resultado negativo consecutivo para o índice, que acumula queda de 4,4% no período. Como resultado, a produção industrial ficou 1% inferior ao nível pré-pandemia de Covid-19.
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18 das 26 atividades pesquisadas pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) refletiram uma queda de abril, impactada principalmente pela queda de 9,5% em coque, derivados de petróleo e biocombustíveis. O setor industrial cresceu 10,5% este ano e 1,1% nos últimos 12 meses, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com os resultados de abril, a produção industrial ficou 17,6% abaixo do nível recorde de maio de 2011.
O gerente da pesquisa, André Macedo, afirma que a expansão do resultado negativo pelas atividades foi a maior desde abril de 2020.
“O crescimento da produção industrial já vinha mostrando um arrefecimento desde a segunda metade do ano passado. Com a entrada de 2021, o recrudescimento da pandemia e todos os efeitos que isso traz, o setor industrial mostrou uma diminuição muito evidente de seu ritmo de produção. Isso fica claro não só pelos resultados negativos, mas também pelo maior espalhamento desse ritmo de queda”, explica.
IBGE – Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física
O pesquisador ressalta que, com a entrada dos resultados negativos de fevereiro, março e abril, o setor industrial perdeu o ganho acumulado que possuía até janeiro acima do patamar pré-pandemia.
“Em janeiro, tínhamos um saldo de 3,5% acima do patamar registrado em fevereiro de 2020, ou seja, antes da pandemia. Com os resultados de fevereiro, março e abril de 2021, o setor industrial está 1% abaixo daquele patamar”, diz André.
Outros impactos negativos entre as atividades vieram de impressão e reprodução de gravações (-34,8%), de produtos de metal (-4,0%), de couro, artigos para viagem e calçados (-8,9%), de celulose, papel e produtos de papel (-2,6%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-5,2%), de produtos têxteis (-5,4%) e de móveis (-6,5%).
Os resultados negativos alcançaram duas das quatro grandes categorias econômicas: bens de consumo semi e não duráveis (-0,9%) e bens intermediários (-0,8%). Já os setores produtores de bens de capital (2,9%) e de bens de consumo duráveis (1,6%) tiveram resultados positivos. Entre as oito atividades que também tiveram taxas no campo positivo, os principais impactos foram de indústrias extrativas (1,6%), máquinas e equipamentos (2,6%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (1,4%).
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