Em meio às incertezas dos primeiros meses de pandemia no Brasil, as jovens Emanuele Monteiro e Ingrid Fernandes deram um passo ousado em julho do ano passado. Elas criaram o perfil Papel e Ponto no Instagram para vender cadernos customizados. A habilidade de Emanuele, neta e filha de rendeira, somada aos conhecimentos de comunicação de Ingrid, jornalista, logo fizeram a lojinha se destacar na rede social.
“A loja surgiu da nossa paixão por papelaria, mas, pela falta de capital para investir em produtos já feitos ou que pudéssemos mandar fazer na gráfica, resolvemos fabricar nossos próprios caderninhos. E, como sou neta de rendeira e filha de rendeira, eu sempre convivi com o artesanato, a partir daí surgiu a ideia de personalizar os cadernos com o bordado”, conta Emanuele.
Já o nome da loja veio de uma pesquisa feita por Ingrid que identificou as palavras “papel” e “ponto” como capazes de expressar essa customização que ela e a colega queriam oferecer aos clientes. As meninas ainda escolheram trabalhar com o papel do tipo Kraff por ser ecológico e acessível, dando aos caderninhos um tom e um estilo próprio.
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O negócio cresceu
Nos primeiros meses, as meninas vendiam em média 10 cadernos. Emanuele e Ingrid ressaltam que o crescimento do negócio foi bem gradativo e contou com o apoio dos colegas que compartilhavam o trabalho delas no Instagram. O “boom” veio no Natal do ano passado quando houve um aumento significativo nas encomendas. Atualmente, elas chegam a entregar cerca de 50 cadernos customizados por mês. Vale destacar que cada caderno leva até uma hora para ficar pronto, por ser um produto extremamente personalizado.
“Graças ao crescimento já conseguimos vender para outros estados, como Acre, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Espírito Santo e também para interiores do Ceará, como Camocim, Crateús, Coreaú e Aracoiaba”, partilha Emanuele.
O carro chefe da loja Papel e Ponto é o caderno com a capa Kraft. Mas, recentemente, as meninas lançaram o caderno com capa Black e uma coleção exclusiva com cadernos coloridos. Os quadros bordados é outro tipo de produto que elas começaram a oferecer, diversificando ainda mais as opções para os clientes.
O desejo de empreender
As jovens sempre tiveram muita vontade de empreender, mas não tinham muita informação sobre como fazer isso. Elas achavam que necessitavam de um grande capital, ou seja, uma quantidade razoável de dinheiro, para poder começar. Contudo, Emanuele e Ingrid descobriram que, na verdade, para iniciar um negócio basta ter planejamento e ir com calma.
Até o momento, Ingrid é a responsável pelas redes sociais (Instagram e WhatsApp) e pela divulgação dos produtos. Já Emanuele é responsável pela produção dos cadernos e pela gestão financeira da lojinha. Mas as amigas sempre ajudam uma a outra para que o trabalho possa fluir da melhor forma.
Os próximos passos das empreendedoras são criar a loja virtual, investir em equipamentos profissionais, aumentar a produção, ampliar as vendas para todo o Brasil e fechar parcerias com outras empresas. A execução de cada um dessas etapas está prevista dentro de planejamento maior que as duas pensaram.
Como começar um negócio?
A história de Emanuele e Ingrid é apenas uma das muitas outras sobre empreendedores que nasceram nos últimos meses, principalmente por conta da pandemia. As jovens ainda estão no início dessa jornada, mas elas já têm bastante conhecimento para compartilhar. Inclusive, a dica que as duas deixam para quem deseja começar um negócio é a seguinte:
“Não precisa de muito para começar, se você planejar e colocar tudo no papel, você consegue. Não tenha medo do início, acredite sempre em você e nos seus sonhos. E claro: procure estudar e pesquisar sobre o produto que você quer empreender, estude também sobre gastos e ganhos.”
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