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Queiroga diz que vai estudar pedido de Bolsonaro para desobrigar o uso de máscaras

Queiroga diz que vai estudar pedido de Bolsonaro para desobrigar o uso de máscaras

Foto: Ailton de Freitas/MS

Na manhã desta sexta-feira (11), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que recebeu o pedido de Bolsonaro sobre a desobrigação do uso de máscaras. Segundo ele, o Ministério deve realizar um estudo para avaliar a viabilidade da solicitação do presidente.

Em um vídeo publicado no perfil oficial do Ministério da Saúde, Queiroga afirmou que o presidente Bolsonaro está satisfeito com o ritmo da vacinação contra covid-19 no Brasil e que, diante de outros países que já flexibilizaram o uso de máscara, quer estudar a medida por aqui.

“O presidente está muito satisfeito com o ritmo da campanha de vacinação no Brasil, da chegada de novas doses, e da distribuição de mais de 100 milhões de doses de vacinas. O presidente acompanha o cenário internacional e vê que em outros países em que a campanha de vacinação já avançou, as pessoas estão flexibilizando o uso de máscaras”, disse Queiroga.

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Em seguida, o ministro anunciou que deve realizar um estudo para entender se é o momento de aderir a esse pedido. “O presidente me pediu que fizesse um estudo para avaliar a situação aqui do Brasil. Então vamos atender a essa demanda do presidente Bolsonaro que está sempre preocupado e pesquisas em relação à covid. Tanto que estamos fazendo pesquisas nas áreas das vacinas, transferências de tecnologia da AstraZeneca para a Fiocruz, para trazer um cenário mais favorável para a população brasileira”, afirmou Queiroga.

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A desobrigação do uso de máscaras

O pedido para que o Ministério da Saúde retirasse a obrigação do uso de máscaras no Brasil veio a público na última quinta-feira (10), quando o presidente Bolsonaro falou sobre o tema durante uma cerimônia no Palácio do Planalto.

“Acabei de conversar com um tal de Queiroga, não sei se vocês sabem quem é. Nosso ministro da Saúde. Ele vai ultimar um parecer visando a desobrigar o uso de máscara por parte daqueles que estejam vacinados ou que já foram contaminados para tirar este símbolo que, obviamente, tem a sua utilidade para quem está infectado”, afirmou o presidente.

Leia também | Camilo Santana e Sarto criticam pedido de Bolsonaro sobre desobrigar o uso de máscaras

A declaração foi alvo de críticas de especialistas e políticos, entre eles o prefeito de Fortaleza, José Sarto, e o governador do Ceará, Camilo Santana.

Através do Twitter, o governador orientou a população a desconsiderar o que foi dito pelo presidente Bolsonaro. “Sobre o uso de máscara, continua sendo absolutamente necessário neste momento ainda grave da pandemia. Todos os especialistas afirmam isso. Máscara ajuda a salvar vidas. Qualquer orientação contrária é inconsequente e deve ser ignorada”, escreveu o governador.

Já o prefeito de Fortaleza, José Sarto, destacou que o uso de máscara é importante não apenas para os cuidados individuais, mas como uma política de saúde pública, visando diminuir a disseminação do vírus.

“O uso de máscara é mais do que autocuidado, é proteção dos que amamos, é estratégia de prevenção coletiva. Mesmo com o avanço da vacinação, ainda não é seguro descontinuar essa importante medida. Depois de tudo o que vivenciamos e diante das perdas que ainda estamos sofrendo, insistir em contrariar a ciência é temerário. Chega de negacionismo!”, escreveu o prefeito em seu perfil no twitter.

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