Segundo os documentos que foram obtidos pelos senadores da CPI da Covid-19, o Brasil teria recebido uma mensagem da Pfizer em agosto do ano passado se comprometendo a ressarcir o Brasil caso não conseguisse entregar todas as doses de vacinas dentro do prazo determinado. Mesmo assim, o governo federal ignorou as tentativas de negociações da farmacêutica na época e só veio a fechar a compra em março de 2021.
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Os documentos foram divulgados no último domingo (13) pela Rede Globo. Segundo o material, a embaixada do Brasil nos Estados Unidos teria enviado uma correspondência para o Ministério das Relações Exteriores do Governo Federal em 27 de agosto de 2020. Na mensagem, a Pfizer se compromete “a devolver ao governo brasileiro todo e qualquer pagamento antecipado, na hipótese em que a empresa não consiga honrar a obrigação de entregar a quantidade acordada da vacina”.
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A quantidade de vacinas que a Pfizer oferecia ao Brasil em agosto de 2020 era de 30 milhões de doses. Em depoimento à CPI da Covid-19, o gerente-geral da empresa na América Latina, Carlos Murillo, disse que a farmacêutica enviou 6 propostas de compras do imunizante para o Governo Federal. Posteriormente, o vice-presidente da Comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que a investigação da CPI havia identificado 53 e-mails da Pfizer que haviam ficado sem respostas.
O Governo Federal fechou um contrato de compras de vacinas com a Pfizer em março de 2021, garantindo 100 milhões de doses para o País. Logo depois, em maio, o Brasil fechou um novo contrato com a compra de mais 100 milhões.
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