Jovem acusado de racismo no Rio de Janeiro foi demitido, mas é filho da dona da loja
A papelaria onde Tomás Oliveira (jovem acusado de racismo contra um rapaz negro no Rio de Janeiro) trabalhava o demitiu após a repercussão negativa deste caso nas redes sociais. Porém, o que não foi dito na ocasião, é que Tomás é filho da dona da loja.
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O caso começou em frente a um shopping no bairro Leblon, no último sábado (12), Dia dos Namorados. O professor de surfe Matheus Ribeiro, jovem negro de 22 anos, esperava a namorada em cima da sua bicicleta elétrica. Neste momento, ele foi abordado por Tomás e Mariana, que acusaram o rapaz de ter roubado a bicicleta da moça, de modelo parecido e que havia sido levada. Matheus publicou sobre o caso nas suas redes sociais:
“E daí, eu sem entender nada, fui tentar mostrar pros dois que a bicicleta é minha, com fotos antigas com ela, chave, o que foi possível naquele momento de segundo. Porém eu só consegui provar que a bicicleta é minha, quando sem minha autorização, o lindo rapaz pega o cadeado da minha bicicleta e tenta abrir”, escreveu o rapaz acusado do roubo. “Ela não tem ideia de quem levou sua bicicleta, mas a primeira coisa que vem a sua cabeça é que algum neguinho levou”.
Os vídeos, que mostram o momento deste confronto, viralizaram nas redes sociais e Matheus registrou um boletim de ocorrência em uma delegacia de polícia do Rio de Janeiro. Confira a publicação:
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Posteriormente, a papelaria em que Tomás trabalhava começou a ser cobrada por um posicionamento em relação às atitudes do funcionário. Diante disso, a empresa anunciou o desligamento do jovem branco, mas não informou que ele é o filho da proprietária do local. Nas redes sociais, a empresa ainda publicou uma mensagem em solidariedade à vítima de racismo:
“Estamos consternados com o que tomamos conhecimento e tratando o assunto com toda gravidade que ele merece. Racismo é crime e não vamos compactuar com isso. A professora envolvida no ato foi demitida e já não faz mais parte do nosso quadro de funcionários. Nos solidarizamos com o Matheus pela dor sofrida e mesmo que o gesto condenável não tenha ocorrido dentro de nosso espaço, esta é uma violência que todos temos que combater juntos.”
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