Economia não seria obrigatória, mas a ideia é recompensar as empresas que aderirem ao programa
Incentivo a racionamento de energia em horários de pico deve começar em julho
Na última semana, o Ministério de Minas e Energia se reuniu com grandes consumidores de energia para discutir as bases do plano de deslocamento do consumo nos horários de pico, que pode ter início no mês de julho e incluir consumidores residenciais, além da indústria. A ideia é oferecer algum incentivo na conta de luz, como descontos na tarifa ou créditos futuros.
Em entrevista à Rádio Jovem Pan News Fortaleza, o especialista na área de energia Luiz Trotta, explicou que o tema deve ser compreendido por todos por afetar vários públicos. Ouça:
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Joaquim Rolim, coordenador do núcleo de energia da Federação das Indústrias do Ceará (FIEC), observa que os consumidores residenciais podem sentir dificuldade no momento de medir a redução ou não de energia em períodos do dia, o que já não se mostraria como obstáculo para grandes consumidores.
A proposta de incentivo para a redução do consumo de energia integra o pacote de medidas para enfrentar a pior seca da história sobre os reservatórios de hidrelétricas na região Sudeste, que já incluiu a contratação adicional de térmicas e revisões nas restrições de vazões de usinas hidrelétricas. Segundo Luiz Trotta, a ideia das indústrias é que, a partir de redução da produção, o excesso de energia já contratado seja vendido ao Governo Federal.
A economia não seria obrigatória, mas a ideia é recompensar as empresas que aderirem ao programa. Ainda não foi definido o valor dos descontos ou créditos. A indústria defende que o cálculo tenha como parâmetro o custo das térmicas que seriam acionadas para atender a essa demanda, e a conta seria compartilhada por todos os consumidores.
No mês de maio, o Sistema Nacional de Meteorologia já decretou estado de emergência hídrica para a região hidrográfica da Bacia do Paraná, que abastece primordialmente as usinas do Sudeste. Diante desse quadro, o Ministério de Minas e Energia criou um grupo de trabalho que vem discutindo medidas para garantir o fornecimento de energia e prever alternativas para outras regiões do Brasil.
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