Você se considera uma pessoa feliz? A busca pela felicidade guia as ações e escolhas do nosso dia-a-dia. No entanto, a raiva, preocupação, estresse e tristeza foram os sentimentos que se tornaram mais presentes na vida dos brasileiros, de 2019 para 2020, com a pandemia do novo coronavírus.
A renda média e o bem-estar social apresentaram queda, desde o ano passado, assim como a desigualdade e a insatisfação do brasileiro com a vida atual cresceram. As informações são da pesquisa Bem-Estar Trabalhista, Felicidade e Pandemia, divulgada pela FGV Social, centro de políticas sociais da Fundação Getúlio Vargas.
Em entrevista à Rádio Jovem Pan News Fortaleza, o psicólogo clínico, Henrique Miranda, avaliou as dimensões dos reflexos gerados pela pandemia na vida das pessoas em relação à infelicidade. Ele acredita que a instabilidade com o futuro é um dos responsáveis. Ouça:
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O índice de felicidade média no País chegou a 6,1 em 2020, numa escala de zero a 10. O patamar é o menor registrado desde o início da série histórica, há 15 anos. Se comparado ao índice de felicidade de 2019, de 6,5, antes da pandemia, foi observada uma queda de 0,4 ponto percentual.
Henrique Miranda esclarece que pessoas mais pobres sentiram mais a perda de felicidade. Comparando antes e depois da pandemia, o índice de felicidade entre os 40% mais pobres caiu 0,8 ponto. Já entre os 20% mais ricos, houve ligeira alta de 0,1 ponto.
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Mudanças trazidas para as vidas das pessoas como a falta do convívio presencial, dentro e fora do ambiente de trabalho, o fato de ter que lidar com a morte, seja de pessoas próximas ou não; a redução das atividades físicas e aumento do sedentarismo são pontos que impactam na saúde mental do brasileiro. A psicóloga Emely Abreu ressalta a importância do acompanhamento psicológico para lidar com perdas e transformações de relações que surgiram com a pandemia. Ouça:
Sentimentos como raiva, preocupação, estresse e tristeza podem acarretar problemas e iniciar de forma silenciosa nas pessoas depressão, ansiedade e síndrome do pânico.