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2 bebês passam por cirurgia de bexiga inovadora, realizada pela segunda vez em Fortaleza

2 bebês passam por cirurgia de bexiga inovadora, realizada pela segunda vez em Fortaleza

Foto: Governo do Estado / Divulgação

Neste sábado e domingo, o Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), recebe o XXVIII Encontro do Grupo Multi-institucional para Tratamento de Extrofia de Bexiga para realização de cirurgias reparadoras por meio da Técnica de Kelly. Esta será a segunda vez que o grupo vem ao Estado; a primeira cirurgia foi realizada em setembro de 2019. “Devido à pandemia de Covid-19, não pudemos realizar a cirurgia no ano passado, por isso, neste ano, faremos dois procedimentos”, destaca Augusto César Filho, coordenador da cirurgia pediátrica do Hias.

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Segundo o médico, anteriormente, a intervenção precisava ser feita em três etapas. A Técnica de Kelly, realizada apenas em meninos, todavia, diferentemente de outros métodos, consiste em um único procedimento que corrige a má formação do aparelho gênito urinário da criança (bexiga, uretra e genitália), melhorando a continência urinária e o aspecto estético e funcional do pênis. “Trata-se de uma cirurgia complexa e demorada, que pode levar até 12 horas e com um pós-operatório difícil, por isso é fundamental que seja feita por profissionais experientes”, complementa.

Os procedimentos serão liderados por Nicanor Macêdo, coordenador do Grupo Multi-institucional, com a participação de alguns membros da equipe, entre eles os cirurgiões do Hias Augusto César e Manoel Luis Oliveira. Os demais médicos presentes poderão acompanhar as cirurgias do auditório do hospital, por meio de transmissão ao vivo. “Como se trata da doença mais complexa existente e bastante rara, cuja proporção é de um caso para cada cem mil nascidos vivos, para que os profissionais ganhem experiência é importante que eles participem do nosso grupo”, acrescenta Nicanor Macêdo.

Devido à complexidade do procedimento, é necessário que ele seja realizado em um hospital que possua toda a infraestrutura necessária durante a cirurgia e também no pós-operatório. “Precisamos de um centro cirúrgico e de uma UTI [Unidade de Terapia Intensiva] muito bem equipados, pois, após a cirurgia, os pacientes precisam ficar sete dias intubados, cinco deles sem poder se mexer. No total, são duas semanas de UTI. Além disso, é fundamental o acompanhamento de uma equipe especializada e tudo isso temos no Hias”, reforça o cirurgião pediátrico da unidade, Augusto César.

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