SITUAÇÃO HÍDRICA

Estado define vazão dos açudes Castanhão, Orós e Banabuiú para o segundo semestre

Os três principais reservatórios do Estado do Ceará tiveram suas vazões médias de operação aprovadas para 2021.2

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3 de julho de 2021
Evelyn Ferreira

Os três principais reservatórios do Estado do Ceará tiveram suas vazões médias de operação aprovadas para 2021.2 no XXVIII Seminário de Alocação das Águas dos Vales do Jaguaribe e Banabuiú, realizado na última quinta-feira (1º). Com metodologia digital aprimorada, foi a segunda vez que o seminário foi realizado de forma virtual devido ao contexto da pandemia.

Estado define vazão dos açudes Castanhão, Orós e Banabuiú para o segundo semestre
Foto: Governo do Estado / Divulgação

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A alocação de água dos vales é um processo conjunto, que conta com 6 Comitês de Bacia Hidrográficas (CBHs) do Estado: Baixo, Médio e Alto Jaguaribe, Salgado, Banabuiú e Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Hoje, os 3 maiores açudes do estado encontram-se com os seguintes volumes acumulados: Orós – 28,60%; Castanhão – 12,35%; Banabuiú – 9,72%.

As propostas sobre os possíveis cenários de liberação de água dos reservatórios foram discutidas pelos presentes, que aprovaram as seguintes vazões para a operação do segundo semestre:

Açude Castanhão: vazão média de 12 m³/s (3,931 m³/s para bombeamento do Eixão das Águas, e 8,069 m³/s para perenização do rio Jaguaribe) com a vazão média dos perímetros sendo Distar = 2,5 m³/s, FAPIJA = 2,5 m³/s, Mandacaru = 0,28 m³/s e 0,30 m³/s para o bombeamento reverso do Canal do Trabalhador, sem transferência para a RMF.

Açude Orós: vazão média de 3750 L/s; sendo destes 400 L/s para Feiticeiro e 700 L/s para Lima Campos.
Açude Banabuiú: vazão média de 290 L/s, através de descargas controladas com a indicação de pulsos de vazões na ordem de 1,8 m³/s por 10 dias com intervalos de 60 dias.

Aridiano Belk, atual Coordenador Geral do Fórum Cearense de Comitês de Bacias Hidrográficas, coordenou o encontro com o apoio de outros CBHs e da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos – Cogerh, e definiu o evento como “um momento ímpar para a nossa região e nossos comitês de bacias. Consideramos esta a reunião de alocação mais importante do ano”.

O sentimento foi ecoado pelo diretor presidente da Cogerh, João Lúcio Farias, que ressaltou o processo de gestão participativa dos recursos hídricos para decidir o uso da água dos três grandes reservatórios. “Hoje eu diria que o sistema Jaguaribe é um sistema integrado à região metropolitana. Como a maior região hidrográfica do Estado, a bacia do Jaguaribe representa mais de 50% da água do Ceará, e esse processo democrático é fundamental para gestão eficiente dos recursos hídricos”, concluiu.

Na ocasião, Meiry Sakamoto, gerente da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos – Funceme, realizou um balanço da quadra chuvosa em 2021, que terminou com um desvio negativo de 15,4% em relação à média. O mês de junho, primeiro do período de Pós-Estação, também terminou com chuvas abaixo da média, em um desvio de 56,6%.

Junto aos cenários de liberação, representantes da Cogerh também apresentaram um balanço da operação realizada durante o primeiro semestre. De acordo com os dados apresentados, a vazão média operada nos reservatórios encontra-se dentro dos parâmetros previamente aprovados.

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