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Mudanças no tratamento de hanseníase já estão em vigor; saiba quais

Janeiro Roxo alerta para a conscientização sobre a hanseníase

Foto: Divulgação

O tratamento da hanseníase tem mudanças em vigor desde o último dia 1º de julho. Conforme novas diretrizes do Ministério da Saúde, todos os casos da doença, independentemente da forma que se apresenta, devem ser tratados com poliquimioterapia. O entendimento da pasta prevê a adição do composto clofazimina ao tratamento, que já era feito com as substâncias rifampicina e dapsona. A terapia tem duração de seis a 12 meses e com diferenciação para crianças e adultos.

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De acordo com nota técnica, os pacientes diagnosticados a partir de agora com a hanseníase paucibacilar, com poucos ou nenhum bacilo nos exames, devem ser tratados com o esquema poliquimioterápico por seis meses. Os diagnosticados até 30 de junho de 2021 na forma multibacilar devem manter o tratamento por 12 meses.

A articuladora dos grupos técnicos de tuberculose e hanseníase da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), Yolanda Morano, afirma que a doença crônica tem alto potencial incapacitante quando não é tratada adequadamente.

“A dificuldade na classificação correta do caso, o tempo de tratamento prolongado e a dificuldade na adesão do paciente motivaram a discussão da necessidade de regimes mais simples de tratamento, viabilizando um regime de droga única para ambos os casos”, detalha.

Morano reforça que os documentos da unidade de atendimento e do paciente em que constam as informações de acompanhamento, como cartões de aprazamento, prontuário e receitas, devem ser preenchidos com as informações claras com relação às novas atualizações. “Com o tempo de início, as drogas que estão sendo usadas no tratamento, o número de doses supervisionadas, etc”, exemplifica.

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Os efeitos esperados pelo uso da clofazimina devem ser informados ao paciente na primeira consulta, além das orientações para minimizar os efeitos. “Esse cuidado pode evitar o abandono do tratamento, já que, os pacientes entendem a importância do uso quando são devidamente orientados”.

Sintomas

Os sintomas da hanseníase aparecem, principalmente, nas extremidades das mãos e dos pés, no rosto, orelhas, nádegas, costas e pernas. São manchas esbranquiçadas, amarronzadas ou avermelhadas, com perda de sensibilidade ao calor, ao toque e à dor. É possível uma pessoa queimar a pele na chama do fogão ou em uma superfície quente e sequer perceber. A sensação de formigamento também é um sinal da doença.

Outros sintomas são sensação de fisgada, choque, dormência e formigamento ao longo dos nervos dos membros; perda de pelos em algumas áreas e redução da transpiração; redução de força na musculatura das mãos e dos pés; e caroços no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos. Condições precárias de moradia e saneamento favorecem a ação da Mycobacterium Leprae.

Quem possui diagnóstico para hanseníase deve começar a tomar os medicamentos prescritos de imediato. O tratamento deve ser seguido à risca. As pessoas que convivem com pacientes diagnosticados com a doença devem ser examinadas pelo médico.

“A prevenção consiste no diagnóstico e tratamento precoces, o que ajuda a evitar a transmissão e o consequente surgimento de novos casos. Precisamos frisar: hanseníase tem cura e quanto antes o tratamento for iniciado, menor o risco de sequelas”, afirmou Sandra Durães, coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBD.

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