Diante do debate sobre o voto impresso auditável no Brasil, o ex-presidente Lula (PT) afirmou que, para ele, essa medida seria um retrocesso. Em uma publicação no twitter, feita na manhã desta terça-feira (6), o petista respondeu às declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que levantou suspeitas de fraudes na urna eletrônica.

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“Voto impresso é voltar para época dos dinossauros”, afirmou o ex-presidente Lula. “Se fosse possível roubar na urna eletrônica, jamais um metalúrgico teria sido eleito presidente da República”.

Em seguida, o petista criticou a postura de Jair Bolsonaro durante as eleições de 2018 e afirmou que a vitória do atual presidente foi fruto de notícias falsas e desinformação. “Eleição roubada foi a do Bolsonaro, que foi eleito com fake news, sem participar de um único debate”, escreveu Lula.

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Em uma live na última quinta-feira (1º), o presidente Bolsonaro voltou a criticar as urnas eletrônicas e questionou a segurança do atual sistema eleitoral brasileiro. “Não podemos enfrentar uma eleição no ano que vem com essa urna que está aí e que não é aceita em país nenhum do mundo”, afirmou o líder do Executivo.

Além disso, o Bolsonaro criticou o ex-presidente Lula, que é apontado como o seu principal opositor entre os pré-candidatos para as eleições de 2022. “Tiraram o Lula da cadeia, os crimes deles são inacreditáveis”, disse o atual presidente durante a live. “Tornaram o ladrão elegível. No meu entender, para ser presidente, sim, mas na fraude, porque no voto ele não ganha, não ganha de ninguém. Então, não vou admitir um sistema fraudável de eleições”.

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Na última segunda-feira (5), durante uma audiência no Senado Federal, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, ressaltou a segurança do atual sistema eleitoral e disse que aderir ao voto impresso pode aumentar o risco de fraudes no País.

“Se o candidato a presidente da República pedir recontagem, nós vamos ter 150 milhões de votos contados manualmente, aquelas mesas apuradoras que faziam o terror da vida brasileira antes das urnas eletrônicas. Vai criar dificuldade administrativa, oferece risco para o sigilo, risco grande de fraude e risco de judicialização, porque a contagem manual vai dar diferença em relação à contagem eletrônica. Até em caixa de banco ou caixa de empresa, no final do dia, você tem que fazer uma reconciliação”, disse Barroso.

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