PANDEMIA

Em resposta à CPI, Ministério da Saúde desaconselha cloroquina e remédios do “kit covid”

Os documentos confirmam que os remédios não possuem eficácia comprovada contra a covid-19

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14 de julho de 2021
Márcia Catunda

Em  documentos enviados à CPI da Pandemia do Senado Federal, o Ministério da Saúde reconheceu que a cloroquina, a azitromicina e outros medicamentos do chamado “kit covid” não possuem eficácia comprovada no combate ao coronavírus. Além disso, o relatório também desaconselha o uso destes remédios no tratamento de pacientes que contraíram a covid-19.

Em resposta à CPI, Ministério da Saúde desaconselha cloroquina e remédios do “kit covid”
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

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A pedido do senador Humberto Costa (PT-PE), da CPI da Pandemia, o Ministério da Saúde entregou notas técnicas que vão de encontro às declarações do líder do Executivo, Jair Bolsonaro. Na nota da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), responsável por assessorar o Ministério da Saúde, consta a seguinte recomendação:

“Alguns medicamentos foram testados e não mostraram benefícios clínicos na população de pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados, sendo eles: hidroxicloroquina ou cloroquina, azitromicina, lopinavir/ritonavir, colchicina e plasma convalescente. A ivermectina e a associação de casirivimabe + imdevimabe não possuem evidência que justifiquem seu uso em pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados nessa população”.

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Essas medidas, segundo consta no documento, foram aprovadas em maio deste ano e devem ser seguidas por hospitais da rede pública ou privada que estão atendendo pacientes com covid-19. Elas foram aprovadas pelos membros da Conitec.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, reforçou diversas vezes que era favorável ao uso destes medicamentos e do chamado “tratamento precoce”. A campanha de incentivo ao uso destes remédios está entre os alvos da investigação da CPI da Covid.

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