CENÁRIO DA PANDEMIA

Variante Delta no Ceará dificulta retorno à normalidade, afirma especialista

Conforme especialistas, nova onda de infecções é real, mas vacinação pode minimizar os danos

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10 de agosto de 2021
Portal GCMAIS

Com 15 casos da variante Delta do novo coronavírus confirmados no Ceará, aumenta a preocupação com a elevação do número de infecções e com a chegada de uma terceira onda da pandemia de Covid-19. A cepa indiana é cerca de 50% a 100% mais transmissível do que as outras variantes.

Variante Delta no Ceará dificulta retorno à normalidade, afirma especialista
Foto: NIAID

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Em Fortaleza, mais de 1 milhão e 500 mil pessoas estão vacinadas com a primeira dose contra a Covid-19, conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde. Cerca de 600 mil também receberam a segunda dose, além de outras 26,6 mil pessoas que tomaram dose única da vacina (Janssen). A campanha de vacinação aponta que a capital cearense já ultrapassa a marca de 56% de vacinados com pelo menos uma dose contra o vírus.

O infectologista Eduardo Sprinz afirma que as vacinas utilizadas no Brasil são eficazes a ponto de evitar a forma mais grave da doença, desde que a imunização esteja completa. Caso a vacina não seja de dose única, a segunda dose é essencial. Ouça:

 

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Para o especialista, diante de um cenário de vacinação lenta a nível nacional e do aparecimento de novas variantes, como a Delta, ainda é difícil estabelecer um período para a volta à normalidade pré-pandemia.

Especialistas afirmam ainda que as medidas de combate à pandemia em vigor no Ceará podem não ser suficientes para frear o avanço da variante Delta. Ou seja, uma nova onda de infecções é real. Mas os danos podem ser menores em virtude da vacinação.

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Segundo o infectologista e integrante do Coletivo Rebento/Médicos em Defesa da Vida, da Ciência e do SUS, Keny Colares, a cepa indiana pode afetar a flexibilização econômica no estado. Por isso, segundo ele, caso a pandemia dispare no Ceará, existe a possibilidade de mais um fechamento de atividades.

“Estamos em momento de abertura das medidas comportamentais, de flexibilização de eventos, e pode ser que a gente tenha que se preparar para um novo fechamento, talvez, se houver esse disparar de casos. A gente precisa ficar atento à possibilidade de talvez ter que endurecer de novo um pouco mais essas medidas, pra evitar que essa onda chegue trazendo muito problema pra nossa população. Então é uma grande expectativa pra essas próximas semanas. E por ora temos essas duas saídas: acelerar a vacinação e nos preparar psicologicamente e de forma organizacional para um aumento do número de casos e para talvez ter de voltar atrás quanto à flexibilização de medidas comportamentais.”, afirma Keny Colares.

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