Golpe, muito comum na internet, ficou mais sofisticado e perigoso
6 passos para fugir do golpe do boleto falso; veja
Em meio à crise financeira atual, muitos golpistas se aproveitam para tentar enganar as pessoas com envio de boletos falsos. Com a tecnologia e meios de pagamentos eletrônicos, esses tipos de golpes se aprimoraram, são muitos os e-mails e notificações em relação a pagamentos atrasados e, sem cuidado, as pessoas acabam sendo ludibriadas.
“Os boletos chegam, e as pessoas ficam em dúvida se devem pagar ou não e, por medo de ficar com nome sujo, e por ser prático e de fácil acesso o pagamento, as pessoas realizam o pagamento, principalmente as pessoas com maior idade”, explicou o advogado Afonso Morais.
Mas o que parecia ser simples e seguro se torna um problema, e as pessoas acabam perdendo dinheiro.
O golpe da cobrança com boleto falso, que é muito comum na internet, ficou mais sofisticado e perigoso: os bandidos estão montado call centers e conseguindo informações de contratos de bancos, financeiras, lojas, escolas, operadoras de telefonia e TV a cabo, e agindo como verdadeiras empresas de cobrança, ligando ou enviando mensagens via WhatsApp para os devedores, propondo acordos com um valor muito a abaixo do débito, que, claro, os devedores tendem a aceitar.
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Então, como evitar esses golpes? Confira algumas instruções de como se proteger na hora de pagar suas contas.
1 – Confira a empresa cobradora
Quando for cobrado por um escritório jurídico ou uma empresa de cobranças, certifique-se de que estes cobradores estão autorizados a negociar o seu débito com o credor ou peça algum documento que autorize a empresa a cobrar o débito, porque é na cobrança que começa a fraude do boleto falso.
Nenhum credor, seja banco, financeiro, loja ou outro concede redução do débito de uma dívida em 80%, e é esta estratégia que usam os estelionatários para convencer os consumidores a pagarem boletos falso sem o devido contato.
2 – Cheque os dados do boleto
Boleto falso traz algumas características que podem ser facilmente checadas pelo usuário. Veja se os dígitos finais representam o valor do boleto: se são diferentes, é possível que seja golpe. Caso seja uma cobrança recorrente, como boleto de financiamento de veículo (onde ocorre o maior número de fraudes), fatura da TV a cabo, boleto da escola dos filhos que costume vir com valor fixo, suspeite se houver alguma variação inesperada. Confirme também seus dados pessoais, como CPF e busque por erros de português e de formatação.
Verifique ainda se os primeiros dígitos do código de pagamento coincidem com o código do banco que aparece como sendo o emissor do boleto. Também, antes de efetivar o pagamento, verifique se o cedente do boleto é a instituição que realmente você está devendo. Se for diferente, não efetive o pagamento. Os números bancários podem ser checados no site da Febraban.
3 – Verifique a origem com o banco e financeira
Se o boleto é emitido por uma financeira, banco ou loja, pesquise a reputação da empresa no Reclame Aqui para se certificar de que ela de fato existe. Se for cobrado por uma empresa de cobranças, verifique junto ao credor se ela está autorizada a negociar o seu débito e emitir boletos.
Em caso de compras online, opte sempre que possível por outros meios de pagamentos que não envolvam boleto. Plataformas como Mercado Pago, PagSeguro e demais meios digitais oferecem mais segurança quando atuam como intermediárias e podem ser acionadas se algo der errado na transação.
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4 – Prefira a leitura automática do código de barras
Em qualquer boleto, prefira sempre ler o código de barras pela câmera do celular ou no caixa eletrônico. Em geral, boletos com linha digitável adulterada não trazem código de barras compatível e precisam forçar a vítima a digitar a sequência manualmente para completar o golpe. Um documento com barras ilegíveis, portanto, têm maiores chances de ser fraudulento.
5 – Baixe o boleto no site do credor
Sempre que possível, é importante baixar os boletos diretamente no site do banco ou da empresa que está fazendo a cobrança. Duvide sempre de boletos que chegam por e-mail, especialmente quando a mensagem traz um assunto como “Urgente” ou “Seu nome está no Serasa”. Uma boa maneira de driblar esse tipo de problema é usando um serviço de e-mail com bom sistema de anti spam, como o Gmail. O mesmo vale para faturas que chegam via WhatsApp.
Em golpes mais sofisticados, um boleto falso pode até mesmo ser enviado para a casa da vítima. Nessa modalidade, o documento pode vir com visual idêntico ao original, incluindo envelope com carimbo e remetente real.
6 – Certifique-se de que o site é seguro e evite Wi-Fi público
Ao fazer download do boleto no site do credor, certifique-se de que está acessando a página verdadeira e de que o endereço começa por HTTPS. Páginas seguras trazem o selo do certificado SSL que assegura contra invasões e garante maior confiabilidade para o documento que está sendo baixado.
Evite também se conectar em redes públicas, que são mais suscetíveis a ataques no roteador capazes de falsificar páginas visitadas. Em golpes mais avançados, o criminoso pode interceptar o acesso e alterar um boleto aparentemente baixado do site oficial do banco. Por isso, opte sempre por fazer o download em uma rede segura e com senha, ou pela internet móvel do celular.
Na hora de pagar uma conta, é importante se certificar da procedência do site, origem do e-mail e dados do código de barra. Empresas só enviam a segunda via quando o documento é solicitado pelo cliente. Caso contrário, desconfie.
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