Quem precisa de um transplante sabe do drama que é enfrentar uma fila de doação, e essa espera só aumenta. O número de doadores de órgãos caiu em 26%, no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2020. Isso significa menos um a cada quatro doadores. A informação é da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO).
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A redução no número de doadores impactou na quantidade de transplantes realizados no período. O transplante de pulmão, por exemplo, em 62%; de rim e de coração, 34%; de fígado 28%; e de pâncreas 5%. Também diminuíram as taxas de transplante de medula óssea, em 29%; e de córnea, em 25%.
Entre os motivos apontados no relatório estão o aumento dos casos de contraindicação e a não autorização familiar. Além disso, a pandemia de covid-19 reduziu o número de leitos de UTI em todo o país e de equipes que realizam transplantes, afetando também a possibilidade de manter a taxa dessas cirurgias.
Gustavo Fernandes Ferreira, vice-presidente da ABTO, comenta os números desses primeiros três meses e avalia que já se percebe uma reação.
“O primeiro trimestre deste ano foi um dos momentos mais difíceis para a atividade transplantadora, no entanto, a gente já consegue observar neste segundo trimestre uma recuperação da atividade de transplantes no país”, finaliza Gustavo Fernandes Ferreira.
Segundo a Associação, no mês de junho deste ano, mais de 45 mil pessoas estavam na lista de espera para receber um órgão.
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