OPERAÇÃO POLICIAL

Padre é investigado por furto de objetos religiosos e fósseis da Chapada do Araripe

Peixes, escorpiões, libélulas, samambaias e até um crânio de pterossauro foram alguns dos fósseis recuperados

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19 de agosto de 2021
Portal GCMAIS

Quase 70 fósseis roubados foram encontrados na residência de um padre em Currais Novos (RN), onde ele atuava na Capela Santa Tereza D’Ávila. O material pertence ao museu do Centro de Pesquisas Paleontológicas da Chapada do Araripe (CPCA), no Crato, região sul do Ceará. Além disso, a Polícia Federal apreendeu uma grande quantidade de objetos religiosos.

Padre é investigado por furto de objetos religiosos e fósseis da Chapada do Araripe
Foto: Canal do Jota/Youtube

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Conforme a Polícia Civil do Rio Grande do Norte, a administradora da capela notou a ausência de um crucifixo de duas faces e pediu que um dos funcionários realizasse uma busca, ainda em março deste ano. Durante a procura, verificou-se que outros objetos haviam sumido, como castiçais, jarros de prata, toalhas de altar, véu de ombro e missal em latim, além de batinas e um ostensório, que foram substituídos por itens com valor inferior. O sacerdote foi preso.

Além deste caso, outra situação envolvendo peças arqueológicas traficadas chamou a atenção. Nesta quarta-feira (18), a Polícia Federal entregou 237 fósseis da Chapada do Araripe ao Museu de Paleontologia, em Santana do Cariri, onde devem ser expostas. Peixes, escorpiões, libélulas, samambaias e até um crânio de pterossauro foram alguns dos fósseis recuperados.

As peças repatriadas foram apreendidas durante a operação “Santana Raptor”, realizada pela Polícia Federal, em outubro de 2020. As investigações tiveram inicio em 2017 e ainda estão em andamento.

As investigações da PF, em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), apuram um suposto esquema de tráfico de fósseis na região da chapada do Araripe. As peças seriam vendidas no exterior, mas não chegaram a sair do Ceará. O material inclui fósseis valiosos, formados há mais de 110 anos e que poderiam custar até US$ 150 mil dólares fora do país.

Pelo menos seis pessoas devem ser indiciadas pelo tráfico das peças, entre elas empresários e atravessadores.

Acompanhe a reportagem de Hugo Delion, da TV Cidade Fortaleza:

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