Uma semana após a morte de um ambulante durante um confronto com agentes da Guarda Municipal de Fortaleza, a feira no entorno da José Avelino, no Centro da Cidade, acontece normalmente. No início da manhã desta quarta-feira (25), equipes da TV Cidade Fortaleza estiveram no local e acompanharam a movimentação e encerramento tranquilo da feira antes das 7h. Não foram registrados conflitos.
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O confronto com a Guarda Municipal de Fortaleza aconteceu na madrugada da última quarta-feira (18). Nadson Abdnego, um feirante de 30 anos, foi atingido e morto durante o conflito. Posteriormente, a Prefeitura ressaltou que os agentes da Guarda não usam armas letais e que a origem do tiro está sendo investigada.
Um decreto do prefeito José Sarto (PDT) proibiu o funcionamento de todo o comércio em um perímetro no entorno da rua José Avelino entre a quinta-feira (19) e o domingo (22). Segundo o texto da gestão municipal, as atividades no local ocasionaram “o retorno de intenso comércio irregular de ambulantes nas vias públicas do específico trecho, face a elevada circulação de adquirentes de produtos dos comerciantes regulares da área, com grandes aglomerações nas áreas públicas, colocando em risco a saúde da população, ao criar condições para a propagação de variantes da COVID-19”.
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Além desta medida, a Prefeitura criou um comitê para dialogar com os representantes dos feirantes e encontrar soluções para as atividades comerciais na região. “O problema da José Avelino não é fácil de resolver e nós temos que resolvê-lo à luz da legislação. Nós temos que procurar preservar a saúde das pessoas e o trabalho das pessoas também”, afirmou o prefeito Sarto na ocasião.
Em uma reunião deste comitê na última segunda-feira (23), a Prefeitura de Fortaleza solicitou que os representantes dos ambulantes fizessem um levantamento do número de trabalhadores no entorno da José Avelino. “A Prefeitura vai fazer o cruzamento de dados para que a gente possa ter a dimensão do quantitativo de pessoas que realmente trabalham nesse entorno e conseguir encontrar uma solução que seja viável para todos, tanto para o poder público, que tem a obrigação de ordenar o espaço público da Cidade, como para os trabalhadores, que precisam ter esse trabalho para sustentar suas famílias”, explicou o vereador Antônio Henrique.
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