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Dia do Voluntariado: instituição atua há mais de 60 anos por meio de voluntários 

Foto: Divulgação

Muito além de incrementar o currículo ou se sentir útil no tempo livre, o trabalho voluntário está ligado à ideia universal do bem, uma corrente que une e contagia a caminhada ao longo da vida. A prova é o benefício gerado a quem se doa e à importância que o tema ganhou a partir da pandemia de Covid-19. Neste sábado (28), celebra-se o Dia do Voluntariado no Brasil, instituído por meio da Lei nº 7.352/1985, em homenagem e destaque aqueles que atuam como voluntários nas mais diversas causas pelo território brasileiro.

Um estudo coordenado pelas consultorias Mobiliza e Reos Partner apontou um aumento de 40% no engajamento de pessoas que já atuavam voluntariamente bem como na adesão de novos voluntários no último ano. Antes da crise sanitária, de acordo com o último dado divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019, o trabalho voluntário teve redução de 4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Na ocasião, 6,9 milhões de pessoas afirmaram realizar trabalhos voluntários.

“A dor da humanidade nos impulsiona a sermos melhores. E ela deve ser inteligente, ou seja, tem que atuar desvanecendo a causa da dor; não se dá um paliativo para a dor alheia, mas se atua diretamente na fonte da dor. É isto que propõe a filosofia: atuar não para enxugar a poça no chão, mas para corrigir a goteira no telhado, diretamente na causa do problema”, explicou a filósofa Lúcia Helena Galvão Maya, professora voluntária da Nova Acrópole há mais de 30 anos.

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Lúcia Helena lembra que não há paradoxo em atuar na defesa de causas urgentes e emergenciais, mas que sempre se deve ter em mente o propósito maior de construir um ser humano melhor, que é a proposta da Organização Internacional Nova Acrópole.

“Na Nova Acrópole, voluntariado é o nosso dia a dia. Aqui, fazemos voluntariado por meio da filosofia, do ensino de filosofia. Voluntariado não é só você pegar alimento e levar numa comunidade carente. Eu também acho que isso é bom, mas não esqueça que a causa da miséria não vem da falta de comida, vem da falta de valores. A causa da fome não vem da falta de alimento, vem da falta de fraternidade”, afirmou.

Da mesma forma, a filósofa lembra que ações como o trabalho ofertado como forma de “recompensa por erros passados” não representam, necessariamente, o tipo de voluntariado que busca a vivência do bem universal.

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“Esse tipo de ação poderia se aperfeiçoar ao longo do tempo, harmonizando fins e meios; afinal, a busca da coerência e da harmonia também é virtude. Porém, uma ação voluntária realmente ligada ao bem universal é uma ação sem interesses, pensando apenas no bem daqueles que recebem este benefício. Ao longo de vários momentos da história passada e recente, vemos a grandeza, a pureza e a bondade que certos homens foram capazes de manifestar, doando tudo de si por causas nobres. Não podemos nos furtar à conclusão de que esse potencial humano também existe, adormecido, em nós. Quando agimos desta forma, não há o que lamentar, afinal, o que pode ser mais nobre do que ser verdadeiramente humano?”, indagou a professora.

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Em Fortaleza, a voluntária Patricia Gomes diz que “participar do voluntariado em Nova Acropole é muito mais que uma atividade da nossa rotina, é demonstrar o firme compromisso pela construção de um mundo melhor”.

Por meio da atuação de voluntários iniciada em 1957, na Argentina, nasceu a Organização Internacional Nova Acrópole, que se dedica ao ensino de filosofia à maneira clássica em mais de 60 países. O curso adaptado para mais de 30 idiomas é aplicado por professores voluntários e tem beneficiado milhares de pessoas em todo mundo que buscam se conhecer, desenvolver e contribuir com a criação de um mundo melhor.

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