A campanha Setembro Amarelo teve início no Brasil em 2015 e visa conscientizar as pessoas sobre a relevância dos cuidados com a saúde mental, como também previnir o suicídio. O dia 10 de setembro é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha permanece durante todo o mês.
“A visibilidade que a campanha oferece é de extrema importância. Contudo, é necessário, também, termos a consciência da nossa responsabilidade enquanto profissionais da saúde e sociedade civil para o cuidado contínuo em saúde mental. É importante ter o fortalecimento da rede de atenção e a oferta de uma assistência integral às necessidades de quem sofre com as aflições da mente, uma dor tão intensa e que deve ser acolhida”, alerta a psicóloga Marina Teófilo, do Centro de Oncologia e Hematologia (Oncovie).
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Números no Brasil
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 32 pessoas se suicidam, por dia, no Brasil, o que significa que o suicídio mata mais brasileiros do que doenças como a AIDS e o câncer. Entre jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a quarta maior causa de morte precedido de acidentes de trânsito, tuberculose e violência interpessoal.
Os homens registraram mais que o dobro do número de mulheres que tiram a própria vida. O relatório apontou que, a cada 100 mil mortes, 12,6 são homens e 5,4 são mulheres vítimas de suicídio.
Por ano, no país, são registrados em torno de 12 mil suicídios e mais de um milhão no mundo. Somente em 2019, segundo a organização, mais de 700 mil pessoas morreram por suicídio, o que representa uma pessoa a cada 100 mortes.
Fatores de risco que podem levar ao suicídio
De acordo com os especialistas, alguns fatores podem ser perigosos para induzir o indivíduo a cometer suicídio, mas não há uma única causa. Alguns deles são:
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Uso de álcool e drogas;
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Desesperança e desespero: a busca pelo sentido existencial, razão para viver;
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Isolamento social, ausência de amigos íntimos;
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Ter acesso a meios letais;
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Impulsividade.
Como lidar com o tema
Segundo a OMS, algumas orientações são importantes para lidar com o assunto, como limitar o acesso a mecanismos que podem ser usados na prática do suicídio; o relato, de forma responsável, dos meios de comunicação ao tratarem desta questão; ter acesso a serviços de apoios socioemocional para adolescentes, e a identificação precoce, gestão e acompanhamento de pessoas que tenha pensamentos ou comportamentos suicidas.
“Um dos principais meios que temos de pensar em algum tipo de prevenção é a partir do momento em que conseguimos nos perceber mais e perceber quem está à nossa volta. São formas de oferecer informações consistentes e coerentes sobre os mitos e crenças que ainda se tem sobre o suicidio”, explica Marina Teófilo.
Onde buscar ajuda?
Centro de Valorização da Vida – CVV
Atendimento 24h
R. Ministro Joaquim Bastos, 806 – Bairro de Fátima
Fone: 188
Programa de Apoio à Vida – PRAVIDA/UFC
Rua Capitão Francisco Pedro, 1290 – Rodolfo Teófilo – Fortaleza/CE
Fone: (85) 3366.8149 / 98400.5672
Instituto Bia Dote
Av. Barão de Studart, 2360 – Sala 1106 – Aldeota – Fortaleza/CE
contato@institutobiadote.org.br
Fone: (85) 3264.2992 / 99842.0403
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