COVID-19

Ceará recebeu 145 mil doses de lotes da CoronaVac interditados pela Anvisa

Apenas Fortaleza recebeu uma parte dessas doses, as demais ainda estão bloqueadas pelo Estado

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6 de setembro de 2021
Márcia Catunda

Das mais de 12 milhões de doses de vacinas da CoronaVac que foram interditadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), 145 mil foram entregues ao Ceará. Deste montante, apenas 3 mil doses foram distribuídas e somente no município de Fortaleza, segundo informado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). O restante, 142.802 mil doses, está bloqueado na Central de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos do Estado (Ceadim).

Ceará recebeu 145 mil doses de lotes da CoronaVac interditados pela Anvisa
Coronavac é produzida e distribuída no Brasil pelo Instituto Butantan. Foto: Helene Santos/Governo do Ceará

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No último sábado (4), a Anvisa determinou a interdição cautelar de 25 lotes da CoronaVac que foram envasados em uma fábrica não aprovada na autorização de uso emergencial da vacina. Em nota, a agência explicou que, nesse caso, “configura-se em produto não regularizado junto à Anvisa”, necessitando de atuação imediata para “mitigar um possível risco sanitário” à população.

Desde então, a Secretaria da Saúde do Estado, junto com a Secretaria Municipal da Saúde de Fortaleza, rastreou os imunizantes e suspendeu a aplicação destas vacinas. O Estado ainda aguarda uma orientação do Ministério da Saúde para saber quais serão os procedimentos adotados para as pessoas que tomaram vacinas destes lotes.

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A interdição cautelar tem o prazo de 90 dias. A Anvisa informou que, durante esse período, “trabalhará na avaliação das condições de boas práticas de fabricação da planta fabril não aprovada, no potencial impacto dessa alteração de local nos requisitos de qualidade, segurança e eficácia, e do eventual impacto para as pessoas que foram vacinadas com esse lote”.

Quais lotes foram interditados?

Segundo a edição extra do Diário Oficial da União do últimos sábado (4), os lotes interditados são: 202107101H, 202107102H, 202107103H, 202107104H, 202108108H, 202108109H, 202108110H, 202108111H, 202108112H, 202108113H, 202108114H, 202108115H, 202108116H, L202106038, J202106025, J202106029, J202106030, J202106031, J202106032, J202106033, H202106042, H202106043, H202106044, J202106039, L202106048.

O lote L202106048 chegou a ser entregue em Fortaleza, mas não há informações se ele foi aplicado ou não na população. É possível verificar qual o lote do imunizante que você tomou no cartão de vacinação.

Butantan afirma que lotes interditados pela Anvisa não são motivo de alarme

Também em nota, o Instituto Butantan, que distribui a vacina no Brasil, esclareceu que a medida da Anvisa “não deve causar alarmismo”. “Foi o próprio instituto que, por compromisso com a transparência e por extrema precaução, comunicou o fato à agência, após atestar a qualidade das doses recebidas. Isso garante que os imunizantes são seguros para a população”, explicou.

Certificação

Além disso, o Instituto Butantan deve regularizar o novo local na cadeia de fabricação da vacina. O órgão informou que, há 15 dias, encaminhou à Anvisa toda a documentação necessária para a certificação do processo de produção em que foram feitas as referidas doses. “Por isso, tem convicção que ela será concedida em breve. Caso necessário, pode complementar a solicitação com mais dados, inclusive da Sinovac, caso a agência julgue necessário”, explicou, reafirmando que todas as doses estão atestadas pelo rigoroso controle de qualidade do Butantan.

A Anvisa esclareceu que, na autorização de uso emergencial do imunizante, aprovada em 17 de janeiro deste ano, consta que as vacinas devem ser “importadas prontas da Sinovac, ou o granel da vacina formulada e estéril, sendo importado da Sinovac para envase e acondicionamento no Instituto Butantan. Entretanto, eventuais alterações nestas configurações devem passar por nova análise das áreas técnicas da Anvisa”.

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