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Variante Mu no Ceará: veja o que se sabe sobre a cepa colombiana

Não há casos da nova variante identificados no Brasil, diz Ministério da Saúde

Foto: Divulgação

Uma das variantes do novo coronavírus, encontrada inicialmente na Colômbia, já está no Ceará. Nessa quarta-feira (15), a Secretaria de Saúde do Ceará confirmou que dois pacientes com casos importados da cepa Mu foram identificados no estado. Tratam-se de duas mulheres que moram em Fortaleza, com idades de 45 e 47 anos. Elas tomaram uma dose da vacina e têm histórico de viagem para a Colômbia.

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No início deste mês, a Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre a cepa B.1.621, batizada de Mu, e classificada como variante de interesse. O termo é utilizado para designar tipos do vírus que devem ser monitorados por autoridades de saúde, com análise sobre risco para a saúde pública.

“A variante Mu tem uma constelação de mutações que indicam propriedades potenciais de escape imunológico. Dados preliminares apresentados ao Grupo de Trabalho sobre Evolução do Vírus mostram uma redução na capacidade de neutralização dos pacientes similar à registrada na variante Beta, mas isso ainda precisa ser confirmado por novos estudos”, diz o documento.

Em todo o mundo, desde o primeiro registro da variante, em janeiro deste ano, foram notificados casos esporádicos na Colômbia, com informações de contaminações em outros países da América do Sul e da Europa.

No mês de agosto, foram informados casos por 39 países. Na Colômbia e no Equador, a incidência da variante cresceu, chegando, respectivamente, a 39% e 13%. “Mais estudos são necessários para compreender as características clínicas dessa variante”, recomendou a OMS.

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O médico infectologista Julival Ribeiro, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), explica que a Organização Mundial da Saúde analisa dados sobre a variante Mu, que indicam que pessoas vacinadas ou que já tiveram a Covid podem não estar tão protegidos contra ela.

“Sobre a variante de interesse Mu, a OMS e outros cientistas estão estudando como ela se comporta, se ela vai ser mais transmissível ou levar a casos mais graves. O importante para gente evitar que surjam essas novas variantes é tomar a vacina, usar máscara cobrindo nariz e boca, evitar aglomerações, locais fechados, sem ventilação, e manter a higienização das mãos”, finaliza.

Até agora, a Organização Mundial da Saúde identificou mais de 1.500 variantes do coronavírus. Cinco delas são consideradas de interesse, porque ainda afetam poucos países, mas têm potencial de contagiar mais pessoas, como a variante Mu.

Leia também: Cepa Mu, variante do coronavírus, é identificada no Ceará em duas viajantes

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