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Pesquisa aponta que 54% dos moradores de favelas do Rio de Janeiro perderam emprego na pandemia

Pesquisa aponta que 54% dos moradores de favelas do Rio de Janeiro perderam emprego na pandemia

O levantamento mostrou os impactos da covid-19 nos moradores dessas favelas nas questões socioeconômica, violência, acesso à saúde e saúde mental. Foto: omaz Silva/Agência Brasil

Mesmo durante a pandemia de covid-19, os moradores de favelas do Rio de Janeiro conviveram com tiros, operações policiais e falta de acesso aos serviços básicos de saúde. A falta de água fez parte da rotina de 37% desta população e 63% ficaram sem água em algum momento da pandemia. Apenas 26% possuem emprego com carteira assinada e 54% perderam o emprego no período.

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Os dados são da pesquisa Coronavírus nas Favelas: a Desigualdade e o Racismo sem Máscaras, lançada hoje (27) e que traz como subtítulo “Uma análise favelada sobre como a pandemia amplificou o histórico de violações de direitos humanos na Cidade de Deus, no Complexo do Alemão e no Complexo da Maré”.

O estudo foi realizado pelo coletivo Movimentos, formado por jovens de diferentes favelas da cidade, com apoio do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC). O levantamento mostrou os impactos da covid-19 nos moradores dessas favelas nas questões socioeconômica, violência, acesso à saúde e saúde mental. O relatório completo está disponível na página do coletivo.

Covid-19

O relatório aponta que o desestímulo às medidas preventivas por parte do presidente da república, a falta de coordenação da crise a nível federal e o atraso para começar a campanha de vacinação contra o Sars-CoV-2 amplificaram os efeitos nocivos da pandemia nas favelas. Para o coordenador do Movimentos Ricardo Fernandes, morador de Cidade de Deus, na zona oeste do Rio de Janeiro, a situação só não foi mais grave devido às redes de solidariedade que ser formaram nos territórios.

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“Além de construir uma potente rede solidária para suprir a ausência do Estado, os jovens das favelas discutem impactos da política de drogas em seu cotidiano, e produzem dados para que a sociedade conheça a realidade que vivemos sob a perspectiva de quem nasce, cresce e mora nesses lugares, que são alvo de várias violências do poder público.

 

 

 

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