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Ceará tem cerca de mil pessoas na fila por transplante de órgãos

Transplante de órgãos: Brasil teve alta de 6% na taxa de doadores

Foto: Divulgação

Dados da Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa) apontam que o estado possui 1.005 pessoas à espera de um transplante de órgãos. Este ano, até o último dia 23 de setembro, 1.002 procedimentos já foram realizados no Estado. Até o momento, 140 famílias permitiram a doação dos órgãos de seus parentes.

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Conforme a Central de Transplantes do estado, o Ceará segue na quarta posição no ranking de doadores efetivos por milhão da população do Brasil.

Por outro lado, o Brasil tem aproximadamente 53,2 mil pessoas na fila de espera por um transplante de órgão. Dessas, 31 mil aguardam um rim e 19 mil esperam por uma córnea. O Ministério da Saúde lançou nesta segunda-feira (27), Dia Nacional da Doação de Órgãos, uma campanha para estimular as pessoas a conversarem com os familiares sobre o desejo de doar. Por lei, a palavra final para doação é sempre da família.

Segundo os dados apresentados na cerimônia, em 2021, 2,8 mil famílias tiveram que tomar essa decisão, 38% disseram não, mas 62% disseram sim. Por causa da pandemia, houve uma queda nos números de transplantes, principalmente, nos de córnea. Caíram de 7 mil operações em 2019 para três mil e novecentas em 2020.

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De acordo com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), a taxa de doação caiu 26% em 2020, se comparado a 2019. Essa queda foi sentida em todos os órgãos e tecidos. Segundo a ABTO, a pandemia de covid-19 impactou muito esse cenário, dificultando a doação, justamente porque houve diminuição de voos que fazem o transporte dos órgãos, falta de leitos hospitalares e o medo das pessoas de contraírem o vírus.

O médico Edson Arakaki, presidente da ABTO, explicou que a fila de pacientes por um transplante aumentou muito nesse período de pandemia, saltando de 35 mil em 2019 para 45 mil pessoas, atualmente. De acordo com ele, uma pesquisa apontou que 7 em cada 10 pessoas querem ser doadoras, mas quase metade delas não comunica esse desejo à família.

Para ser um doador em vida, a pessoa deve ser maior de idade, saudável e, claro, concordar com a doação, que não pode prejudicar a própria saúde. Já a doação após a morte encefálica só acontece com a autorização da família. Por isso, quem quer doar deve conversar com os familiares. Um doador falecido pode salvar até oito vidas.

Transplante de córneas

A Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) e o Banco de Olhos do Ceará (BOC) mantêm zerada fila de espera por transplante de córneas no Ceará. Em números absolutos, desde 2016, foram captadas 4.885 córneas até o dia 20 de setembro deste ano. Essas doações são oriundas dos núcleos da Capital, Juazeiro do Norte e Sobral. De acordo com o Banco de Olhos, todas as captações ocorridas em hospitais parceiros somaram 377 córneas.

A córnea é um tecido fino, transparente e resistente, que fica localizada na dianteira do olho, na parte externa do globo ocular. Ela é responsável por auxiliar na visão, captando luz e focando as imagens que vemos. Algumas doenças podem causar alterações no formato ou transparência da córnea, como, por exemplo, ceratocone e as ceratopatias bolhosas. Nestes casos, o transplante de córnea faz com que o paciente volte a ter saúde na visão.

O transplante de córnea é o procedimento cirúrgico recomendado para restaurar a visão dos pacientes que possuem as seguintes doenças: ceratocone, degeneração marginal pelúcida, ceratoglobo, distrofia de Fuchs, ceratopatia bolhosa, córnea guttata, infecções corneanas graves, leucomas (opacidades corneanas que podem ser originadas por diversas causas, como traumatismos, queimaduras químicas, infecções por herpes e distrofias corneanas, por exemplo), perfurações oculares.

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