Para os especialistas, o Brasil ocupa um papel essencial no desenvolvimento de uma economia sustentável
Sustentabilidade e inovação foram destaques no segundo dia do Congresso IBGC
Se um dia as mudanças climáticas já foram questões restritas aos cientistas e ambientalistas, hoje o tema é motivo de preocupação para as mais diversas áreas da sociedade. As inovações e os desafios que surgiram na atualidade foram os destaques deste segundo dia do 22º Congresso IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa). A programação reuniu líderes do Brasil e do mundo em uma conversa sobre sustentabilidade e inovação.
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Para Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), o Brasil, com a sua diversidade ambiental, está em uma situação privilegiada em relação aos demais países, já que o mundo passa por uma intensa discursão sobre energias limpas.
“O Brasil é o único país que não precisa de uma tecnologia nova para chegar em 2050 com emissão [de carbono] zero”, defendeu. “A gente está na frente, sobretudo, quando pensa no curto e médio prazo”.
No mesmo painel, de título “Perspectivas da COP26 no Brasil e no mundo”, a diretora-executiva do Instituto Clima e Sociedade, Ana Toni, destacou que pensar no desenvolvimento sustentável não é mais uma opção e sim uma urgência. Para ela, é importante que os conselhos empresariais conversem sobre o tema para pensar em novos processos econômicos.
“O tema das mudanças climáticas não é mais um problema do futuro, mas um problema do presente”, destaca Ana Toni. “Precisamos ter processos de desenvolvimento econômicos diferentes dos que tínhamos no passado, menos poluentes. Isso significa diversas maneiras de produzir, de consumir, acesso aos investimentos, novos empregos e uma nova geopolítica”.
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Solange Ribeiro, presidente Adjunta no Grupo Neoenergia, acrescenta que as empresas e corporações brasileiras precisam se apropriar do debate sobre a economia de zero carbono. Para ela, o desenvolvimento de metas e métricas, que orientam esta caminhada para negócios sustentáveis, são essenciais neste momento e precisam fazer parte do dia-a-dia da governança.
“Nada disso é possível sem uma governança corporativa robusta, que possa cobrar e mensurar os avanços e metas para que elas possam incorporar a liderança das empresas”, defende Solange Ribeiro. “O ESG [Governança Ambiental, Social e Corporativa] não pode ser só uma coisa para promover a marca da empresa, ela tem que ser uma coisa verdadeira. A gente faz isso estabelecendo metas, avaliando e implementando na empresa”.
O evento segue nesta quinta-feira (7), no terceiro e último dia de painéis. Confira a programação completa:
11h às 12h | Palestra extra: The Power of Corporate Governance
Alex Edmans – Professor of Finance at London Business School
12h às 12h10 | Abertura
12h10 às 13h15 | A prestação de contas a partir da criação do Value Reporting Foundation
Lisa French – Chief Technical Officer at Value Reporting Foundation
Denise Hiils – diretora global de Sustentabilidade da Natura
Moderação: Vania Borgerth – coordenadora da CBARI, representante do IBGC no IIRC e coordenadora do GT do CFC que resultou na OCPC 09/Resolução 14 da CVM
13h15 às 14h15 | Painéis simultâneos
Radiografia da governança das estatais
Tobias Parente – professor da Universidade Ibirapuera
Camila Araújo – diretora de Governança, Riscos e Conformidade da Eletrobras
Luis Felipe Vidal Arellano – presidente do Comitê de Governança das Entidades da Administração Indireta do Município de São Paulo
Moderação: Luiz Martha – gerente de Pesquisa e Conteúdo do IBGC
Por que a diversidade deve ser importante para os investidores?
Rusty OKelley – Co-Leader Board and CEO Advisory Practice at Russell Reynolds Associates
Ann Cairns – Global Chair at 30% Club and Executive Vice Chair at Mastercard
Moderação: Luciana Antonini Ribeiro – cofundadora e Managing Director da eB Capital
Novos caminhos para o mercado de capitais
Fabio Coelho – presidente da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec)
Otavio Yazbek – sócio de Yazbek Advogados
Moderação: Flavia Mouta – diretora de Emissores da B3
14h30 às 15h35 | Governança transformacional – As organizações tomando a liderança
Maria Fernanda Teixeira – conselheira de empresas nacionais e internacionais
Marcello Brito – presidente da ABAG e cofacilitador da Coalizão, Clima, Floresta e Agricultura
Luciana Nicola – superintendente de Relações Institucionais, Sustentabilidade e Empreendedorismo no Itaú
Moderação: Maria Helena Santana – ex-presidente da CVM, conselheira de administração de companhias
16h40 às 17h45 | Perspectivas para o conselho do futuro
Ricardo Lamenza – coordenador da Comissão Conselhos do Futuro do IBGC e conselheiro de administração
17h45 às 18h – Encerramento
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