RELAÇÕES ABUSIVAS

Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher: saiba os locais onde é possível denunciar agressões no Ceará

O Ceará possui 10 unidades da Delegacia de Defesa da Mulher

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10 de outubro de 2021
Assistente de Redação Vídeo

O dia 10 de outubro marca o Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher. A data, instituída em 1980, faz referência a uma manifestação ocorrida em São Paulo, quando mulheres ocuparam parte do Teatro Municipal para denunciar a vulnerabilidade e cobrar políticas públicas para o gênero.

Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher: saiba os locais onde é possível denunciar agressões no Ceará
A data chama atenção para a importância da denúncia a vulnerabilidade e cobrar políticas públicas para o gênero. Foto: Governo do Estado/Divulgação

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A violência contra a mulher se manifesta de diversas formas no cotidiano. Um abraço forçado de um colega, uma piada com intuito sexual sobre a aparência da funcionária ou um beijo sem permissão são exemplos de relações abusivas de poder constituídas nos ambientes de trabalho, onde, em alguns casos, as mulheres são chefiadas por homens. Episódios como esses podem causar danos psicológicos que se perpetuam ao longo da trajetória das vítimas.

De acordo com a delegada Higina Hissa, titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Fortaleza, unidade especializada da Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE), “as vítimas podem ser prejudicadas emocionalmente”, alerta. Além dos crimes de abuso sexual e importunação sexual, as vítimas, ao tentarem se desvencilhar dos agressores e denunciar a violência sexual, seja ela cometida por uma liderança ou um colega na mesma posição hierárquica, podem sofrer um abuso psicológico conhecido como gaslighting, quando o agressor tenta induzir a mulher a crer que está errada ou que está confusa.

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A delegada titular da DDM de Fortaleza explica que o apoio das outras colegas de trabalho é importante e necessário, mas procurar a unidade policial para formalizar a denúncia é fundamental para punir o agressor e romper o ciclo de violência. “O assédio e a importunação sexual são formas graves de violência contra a mulher e podem, inclusive, ser tratadas como violação da dignidade da pessoa e do direito do ambiente de trabalho saudável e equilibrado”, complementa.

Lei Maria da Penha

O major Messias Mendes, comandante do Batalhão de Prevenção Especializada (BPEsp) da Polícia Militar do Ceará (PMCE), menciona a Lei Maria da Penha como um divisor de águas no combate à violência de gênero. Ele cita, ainda, o pioneirismo do Governo do Ceará em propor uma atenção integrada entre Forças de Segurança do Estado e órgãos parceiros para as vítimas. “Todas as mulheres podem contar com o Grupo de Apoio às Vítimas da Violência (GAAV) da PMCE, que atua especificamente para promover a proteção individual, especializada e em rede.

Quando elas aderem ao apoio do GAAV, recebem visitas continuadas dos agentes de segurança. Cada vítima recebe um diagnóstico individual para que a equipe possa compreender como agir em cada situação”, explica. O Grupo de Apoio conta com agentes em Fortaleza, Juazeiro do Norte, Sobral e Itapipoca.

Delegacias especializadas

O Ceará possui 10 unidades da Delegacia de Defesa da Mulher espalhadas pelo Estado. Estas unidades são responsáveis por investigar esse tipo de crimes contra as mulheres. As especializadas ficam em Fortaleza, Pacatuba, Caucaia, Maracanaú, Crato, Iguatu, Juazeiro do Norte, Icó, Sobral e Quixadá. Nas demais cidades do Ceará que não possuem uma Delegacia, os casos são investigados pelas delegacias municipais e regionais.

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Onde denunciar?

Em caso de emergência, o contato com uma das unidades de denúncia deve ser feito por meio do telefone 190 da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Outro canal de denúncias é 180, da Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

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A população pode contribuir com as investigações repassando informações que auxiliem os trabalhos policiais. As denúncias podem ser feitas ainda para o número 181, o Disque-Denúncia da SSPDS, ou para o (85) 3101-0181, que é o número de WhatsApp, pelo qual podem ser feitas denúncias via mensagem, áudio, vídeo e fotografia.

Confira a lista das delegacias especializadas de defesa da mulher, onde é possível denunciar algum tipo de agressão sofrida por mulheres:

Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza (DDM-FOR)

Rua Teles de Souza, s/n – Couto Fernandes

Contatos: (85) 3108- 2950 / 3108-2952

Delegacia de Defesa da Mulher de Caucaia (DDM-C)

Rua Porcina Leite, 113 – Parque Soledade

Contato: (85) 3101-7926

Delegacia de Defesa da Mulher de Maracanaú (DDM-M)

Rua Padre José Holanda do Vale, 1961 (Altos) – Piratininga

Contato: 3371-7835

Delegacia de Defesa da Mulher de Pacatuba (DDM-PAC)

Rua Marginal Nordeste, 836 – Jereissati III

Contatos: 3384-5820 / 3384-4203

Delegacia de Defesa da Mulher do Crato (DDM-CR)

Rua Coronel Secundo, 216 – Pimenta

Contato: (88) 3102-1250

Delegacia de Defesa da Mulher de Icó (DDM-ICÓ)

Rua Padre José Alves de Macêdo, 963 – Loteamento José Barreto

Contato: (88) 3561-5551

Delegacia de Defesa da Mulher de Iguatu (DDM-I)

Rua Monsenhor Coelho, s/n – Centro

Contato: (88) 3581-9454

Delegacia de Defesa da Mulher de Juazeiro do Norte (DDM-JN)

Rua Joaquim Mansinho, s/n – Santa Teresa

Contato: (88) 3102-1102

Delegacia de Defesa da Mulher de Sobral (DDM-S)

Av. Lúcia Sabóia, 358 – Centro

Contato: (88) 3677-4282

Delegacia de Defesa da Mulher de Quixadá (DDM-Q)

Rua Jesus Maria José, 2255 – Jardim dos Monólitos

Contato: (88) 3412-8082

Casa da Mulher Brasileira

A Casa da Mulher Brasileira é referência no Ceará no apoio e assistência social, psicológica, jurídica e econômica às mulheres em situação de violência. Gerida pelo Estado, o equipamento acolhe e oferece novas perspectivas a mulheres em situação de violência por meio de suporte humanizado, com foco na capacitação profissional e no empoderamento feminino.

Telefones para informações e denúncias
Recepção: (85) 3108.2992 / 3108.2931 – Plantão 24h

Delegacia de Defesa da Mulher: (85) 3108.2950 – Plantão 24h, sete dias por semana

Centro Estadual de Referência e Apoio à Mulher: (85) 3108.2966 – segunda a quinta, 8h às 17h

Defensoria Pública: (85) 3108.2986 / segunda a sexta, 8h às 17h

Ministério Público: (85) 3108. 2940 / 3108.2941, segunda a sexta , 8h às 16h

Juizado: (85) 3108.2971 – segunda a sexta, 8h às 17h

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