ECONOMIA

Horário de verão não traz economia de energia, aponta estudo do ONS

Medida já não está em vigor desde 2019, após decreto do Presidente Jair Bolsonaro

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24 de outubro de 2021
Portal GCMAIS

O horário de verão não traz economia significativa de energia elétrica. É o que informou, em esclarecimento oficial, o Ministério de Minas e Energia, após novo estudo feito pelo ONS, Operador Nacional do Sistema Elétrico.

Horário de verão não traz economia de energia, aponta estudo do ONS
Foto: Unsplash

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A medida, que adianta uma hora nos relógios de alguns estados do país, já não está em vigor desde 2019, após decreto do Presidente Jair Bolsonaro. Na época, o Ministério de Minas e Energia orientou a suspensão, após avaliação sobre os efeitos da medida, para o setor elétrico, o que apontou para a ausência de resultados esperados.

O resultado mostra que “a redução observada no horário de maior consumo”, das seis hora da tarde até as nove da noite, “é compensada pelo aumento da demanda em outros períodos do dia, especialmente no início da manhã”, quando ainda é escuro, na maior parte das regiões, durante o horário de verão.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico detectou, ainda, que a volta do horário de verão não teria “impacto sobre o atendimento da potência”, já que não afeta o consumo na parte da tarde, horário de maior demanda do dia.

Para este mês de outubro, o Ministério de Minas e Energia informou que, na avaliação do ONS, o Sistema Interligado Nacional tem recursos energéticos suficientes para atender à potência adequadamente. Além disso, as análises relatadas mostram que as medidas tomadas pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico e pela Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética são “suficientes para garantir o fornecimento de energia elétrica ao” Sistema Interligado Nacional, na transição do período seco para o período de chuvas.

História do Horário de Verão

O Horário de Verão foi criado em 1784, nos Estados Unidos, quando Benjamin Franklin notou que em certos meses do ano o sol nascia antes da média de horário em que as pessoas acordavam. Com isso, ele afirmava que a população poderia acordar mais cedo para aproveitar a luz do dia por um período maior, tese que não teve sucesso.

Depois disso, a medida foi adotada em vários países do mundo, durante a Primeira Guerra Mundial. No Brasil, o horário de verão foi adotado pela primeira vez, em 1931, pelo então presidente Getúlio Vargas por meio de decreto em todo o território nacional, mas foi revogada e adotada novamente em anos seguintes.

A mudança do horário, em uma hora, passou a ser ininterrupta a partir de 1985. Em 2008, o método foi regulamentado por decreto-lei, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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