JUSTIÇA

Caucaia: PM acusado de extorquir empresários do ramo de combustíveis continua preso

Segundo a Justiça, o grupo ameaçava dois empresários de uma distribuidora de combustíveis

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31 de outubro de 2021
A10

A decisão de manter a prisão de policial militar acusado de integrar uma organização criminosa formada por PMs foi a da Vara da Auditoria Militar, da Justiça Estadual. Investigações apontam que o grupo extorquiu dois empresários, proprietários de uma empresa distribuidora de combustíveis, em Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

Caucaia: PM acusado de extorquir empresários do ramo de combustíveis continua preso
A denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE) destaca a existência de uma organização criminosa formada por policiais militares, que realiza crimes em Caucaia, com extorção de dois empresários, proprietários de uma empresa distribuidora de combustíveis. (Foto: Marcello Casal Jr. /Agência Brasil)

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No último dia 8 de outubro, foi proferida a decisão judicial que recusou um pedido de revogação da prisão preventiva do sargento Paulo Sérgio Soares Carneiro, porém a publicação ocorreu no Diário da Justiça Eletrônico (DJE) na última quinta-feira (28). A Justiça concluiu que o sargento e os outros PMs envolvidos traziam fortes indícios de que poderiam voltar a realizar crimes, estando em liberdade.

No Pedido de Revogação de Prisão Preventiva, a defesa do sargento Paulo Sérgio alegou que o PM não estava na composição policial que realizou a diligência até a sede da empresa distribuidora de combustíveis, ao contrário do relatório apresentado no Inquérito Policial Militar. Disse ainda que o sargento tem bons antecedentes e residência fixa.

A denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE) destaca a existência de uma organização criminosa formada por policiais militares, que realiza crimes em Caucaia, com extorsão de dois empresários, proprietários de uma empresa distribuidora de combustíveis.

As abordagens aconteceram nos dias 14 e 18 de janeiro deste ano. Em uma primeira ação, uma viatura da polícia, com agentes, teria chegado ao local para checar denúncia de desvio de óleo e para não abrir qualquer procedimento contra a distribuidora os agentes teriam solicitado, de forma indevida, inicialmente a quantia em dinheiro de R$ 5 mil reais, porém saíram do local com apenas R$ 800 reais.

Em outra ação, os policiais teriam chegado ao estabelecimento em uma viatura sem a placa dianteira, para apurar a denúncia de porte ilegal de arma de fogo. Os agentes revistaram a distribuidora, aparelhos celulares dos empresários e foram embora sem exigir dinheiro.

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Ao todo, sete policiais militares foram denunciados por participação na organização criminosa. Informações repassadas por civis ajudaram nas investigações, até que o grupo criminoso fosse descoberto.

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