Um projeto inovador para o desenvolvimento de um teste rápido para a detecção simultânea de infecções sexualmente transmissíveis rendeu à Universidade Estadual do Ceará (UECE) uma vaga no Innovate4Health 2021, promovido pela Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, uma das maiores entidades de saúde do mundo, localizada em Baltimore, nos Estados Unidos. Elaborado pelos estudantes de Medicina Humberto Lucca Andrade Moreira, Emanuel Victor da Silva Lima, Pedro Samuel Mendes Carneiro da Ponte e Larissa Ciarlini Varandas Sales, sob orientação da professora Tatiana Paschoalette Rodrigues Bachur, o projeto concorreu com outras 70 iniciativas do mundo todo e ficou entre as 12 propostas selecionadas para serem desenvolvidas.
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De acordo com a professora, os trabalhos tiveram início no dia 13 de outubro, de forma online, e devem prosseguir até janeiro de 2022, período em que os alunos terão a oportunidade de trabalhar com líderes globais de saúde para projetar inovações que enfrentarão o desafio intersetorial de doenças infecciosas emergentes, infecções que têm aparecido recentemente em uma população ou que já existiam, mas têm aumentado rapidamente em incidência e alcance geográfico.
A possibilidade de tratar problemas que afetam a vida de pessoas no mundo inteiro que chamou a atenção do estudante Humberto Lucca, de quem partiu a ideia para a inscrição de um trabalho no Innovate4Health 2021. “O evento tem uma proposta fantástica de reunir jovens que querem apresentar suas ideias de como tornar o mundo um lugar mais seguro e saudável. No mesmo instante em que vi a informação sobre o Innovate4Health 2021, eu entrei em contato com a professora Tatiana, que sabia que iria topar embarcar nessa ideia, e formamos um grupo com ela como orientadora”, conta.
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A estudante Larissa Ciarline também está feliz com a oportunidade e acredita que será um diferencial importante para a sua carreira e também para o seu crescimento pessoal. “Essa experiência é uma chance maravilhosa de crescer em minha formação, uma vez que estarei em contato direto com profissionais do mundo todo, que facilitarão a criação e promoção de nossa inovação. Além disso, o fato de nos esforçarmos para criar nosso projeto faz com que busquemos sempre mais informações e dados, o que nos faz crescer muito como estudantes também. Somado a isso, ainda estamos tendo a oportunidade de crescer como seres humanos, já que estamos em contato com profissionais e outras equipes de estudantes do mundo todo, tendo um verdadeiro intercâmbio cultural e social, o que é maravilhoso. Mesmo sendo online, podemos viajar por vários lugares do mundo”, afirma.
Conforme a professora da Uece, Tatiana Bachur, o projeto dos estudantes diz respeito ao desenvolvimento de um teste rápido que seja capaz de detectar, simultaneamente, três infecções sexualmente transmissíveis e que possa ser realizado pelo próprio paciente em casa, servindo como uma triagem inicial para que o paciente busque ajuda médica a partir dos resultados obtidos.
“Ao se utilizar de um material de baixo custo para a confecção do teste, será proporcionada uma melhor utilização dos recursos destinados à saúde, podendo ocorrer uma ampla distribuição desse autoteste, repercutindo na redução de custos futuros por atuar no rastreamento e tratamento de forma precoce das doenças analisadas, sendo o projeto, assim, um importante promovedor de mudanças no âmbito da saúde”, explica.
A professora destaca ainda que o principal objetivo do Innovate4Health é possibilitar que os alunos desenvolvam o espírito crítico acerca de problemas globais relacionados à saúde pública e que utilizem seus conhecimentos e imaginação para que pensem em soluções para estes problemas. “Eles vão ter a possibilidade de receber orientações de líderes e desenvolvedores mundiais de projetos e preparar-se para apresentar a proposta a parceiros que possam, de fato, viabilizar a execução da proposta. Obviamente, as melhores propostas e as mais viáveis poderão ser viabilizadas com mais sucesso; é o que esperamos que os alunos conquistem: a chance de tornar seu projeto algo real e que seja colocado em prática nacional ou internacionalmente”, afirma.
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