Mesmo com demonstrações e falas anticientíficas ao longo da pandemia de Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assinou um decreto em que condecora a si mesmo e a outros ministros com a Medalha Ordem Nacional do Mérito Científico.
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O decreto foi publicado nesta quinta-feira (4) no DOU (Diário Oficial da União). Na classe Grã-Cruz, Bolsonaro dá a si próprio a medalha com o título de grão-mestre. De acordo com o decreto, o ministro Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) é condecorado como chanceler. Como membros do Conselho da Ordem Nacional do Mérito Científico, foram designados Carlos França (Relações Exteriores), Paulo Guedes (Economia) e Milton Ribeiro (Educação).
Vale lembrar, inclusive, que no mês de outubro, o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, afirmou que foi pego de surpresa com o corte de 90% das verbas de pesquisa da pasta.
O corte, de cerca de R$ 600 milhões à pasta, ocorreu em razão de um remanejamento de orçamento para a estruturação do Projeto de Lei do Congresso (PLN) 16/21, mudado pouco antes da votação.
“Eu fui pego de surpresa. Falei até com o presidente [Jair Bolsonaro] sobre isso e ele também foi pego de surpresa. Eu pedi ajuda para recuperação desses recursos e ele prometeu que vai ajudar”, afirmou Marcos Pontes.
A mudança foi uma solicitação da área econômica do governo, em ofício enviado à Comissão Mista de Orçamento (CMO). Com o corte, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações perdeu cerca de 90% do seu orçamento.
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