LUTO NA PANDEMIA

Especialista orienta como encarar a dor da perda e trabalhar luto nas crianças

Para crianças, o diálogo sobre situações de luto precisa ocorrer com muita cautela.

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10 de novembro de 2021
Assistente de Redação Vídeo

Estima-se que mais de 12 mil crianças até os seis anos perderam os pais durante a pandemia de covid-19 em todo o Brasil. A perda de um parente ou de uma pessoa amada pode ser um momento complicado mesmo para os adultos, mas é ainda mais difícil de se entender durante a infância.

Especialista orienta como encarar a dor da perda e trabalhar luto nas crianças
O acolhimento da criança que perdeu um ente quente é um ponto crucial para a superação do luto.

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O luto é um processo ao qual todos nós vamos passar e nem sempre estamos preparados para isso. O problema é quando não conseguimos superar. E aceitar esse momento fica mais complexo do que o habitual. É o chamado luto complicado.

Para crianças, o diálogo sobre situações de luto precisa ocorrer com muita cautela. A psicóloga Ana Virgínia Feitosa orienta como tratar esse sentimento com os mais jovens.

“Depende muito da idade da criança. Quem tiver por perto, quem tiver acolhendo essa criança, é muito importante dizer a verdade, evitando metáforas, como, por exemplo, ‘virou estrelinha’ ou que ‘viajou e não vai voltar’, porque a criança sabe. É muito importante, para quem está perto, falar dos seus sentimentos, que acolha essa criança. Se tiver vontade de chorar, chore junto da criança, porque nesse momento, aquele ser humano ainda infantil, vai perceber que a dor não é só dele. Ele vai perceber que, o que ele sente, o adulto também sente”, explicou.

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A psicóloga destaca ainda que o acolhimento da criança que perdeu um ente querido é um ponto crucial para a superação do luto. “É importante ter momentos de lazer, tentar fazer coisas que a criança gosta, oferecer alimentos que a criança gosta e acolher, para que seja um momento realmente afetuoso”, pontuou a especialista.

Duração do luto

A sensação de luto, seja por um familiar ou por uma pessoa querida, dura em média, de três meses a um ano. A psicóloga destaca que este é um momento que precisa ser vivido e, jamais, devemos ignorar o sentimento.

“Viver o luto é muito importante. Principalmente porque na medida em que você vive e entra em contato com a emoção, é a medida que você vai superando essa situação. O não viver o luto tem o preço. Na medida que o tempo passa, isso volta no corpo, as pessoas adoecem, muitas vezes têm insônia, tem isolamento social. Então, é importante ter contato com essa emoção, ter esse sofrimento, porque o luto faz parte das nossas vidas”, finalizou.

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