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Pfizer acredita em liberação da vacina para crianças menores de 12 anos ainda em 2021

Pfizer acredita em liberação da vacina para crianças menores de 12 anos ainda em 2021

Foto: Marco Verch / Flickr

As crianças menores de 12 poderão ser beneficiadas com a liberação da vacina contra a Covid-19 ainda este ano. De acordo com informações da Pfizer Brasil, a farmacêutica já apresentou dados para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) analisar a recomendação ou não das vacinas para essa população aqui no Brasil.

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A líder médica da área de vacinas da Pfizer Brasil, Julia Spinardi, explicou que o processo ainda está no começo, mas já foram apresentadas informações favoráveis em estudos europeus, recomendando a vacina para crianças.

“Nós já iniciamos a tratativa de submissão, junta à Anvisa, com o mesmo pacote e os mesmos dados para essa população. A gente espera que até o final de novembro, seja possível concluir esses trâmites de análise e de apresentação de dados, para que a agência possa se posicionar a respeito da autorização ou não do uso da vacina para a população de 5 a 12 anos de idade”, destacou a médica.

Essa declaração foi realizada nesta quinta-feira (11), durante a apresentação do resultado de uma pesquisa sobre o que a população brasileira acha da vacinação contra a Covid-19 e outras vacinas rotineiras no calendário de todo cidadão, como poliomielite e sarampo. Essa pesquisa foi encomendada em conjunto entre a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Pfizer Brasil.

De acordo com a pesquisa, 75% dos entrevistados dizem se sentir muito seguros com o aumento na taxa de pessoas vacinadas. Apenas 20% se declararam inseguros ou muito inseguros, porque gostariam que mais pessoas já estivessem imunizadas. Apesar disso, a preocupação com uma nova onda de Covid-19 é real, já que 86% afirmam ter muito ou pouco de medo de acontecer novamente.

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A maioria das pessoas mostra entender a importância da  imunização contra a doença e afirma ter incentivado outros a se vacinarem. Quando questionados sobre os grupos que encorajaram a tomar a vacina, 85% responderam familiares, 61% amigos, 38% colegas de trabalho e/ou funcionários e 36% vizinhos.

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Entre outros assuntos, a pesquisa abordou as formas de comunicação em relação às vacinas, e o número revela que 72% dos entrevistados acreditam que as fake news atrapalham a vacinação. Sobre conteúdos relacionados ao assunto em que não há certeza de que sejam verdadeiros, 49% afirmam não compartilhar a informação mesmo sabendo que é verídica ou por não terem costume de confirmar se de fato aquela é real. Apesar disso, 2% dizem compartilhar mesmo sem saber se as informações recebidas são verdadeiras.

De acordo com o presidente da SBIm, Juarez Cunha, em 2019 a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um alerta de que a baixa vacinação contra doenças rotineiras poderia se tornar uma ameaça à saúde pública. Com a pandemia em 2020, o número de pessoas protegidas por vacinas não ligadas à Covid-19 caiu ainda mais e, em parte, pela desinformação e fake news que circulam contra a vacinação.

“A hesitação em vacinar, que é a responsável pelas baixas coberturas vacinais. É o atraso em aceitar ou a recusa das vacinas recomendadas apesar da disponibilidade nos serviços de saúde. Por que se a pessoa tem alguma dúvida, ela tá hesitante, e ela recebe um recado de desconfiança, ela com certeza não vai se vacinar ou vacinar o seu filho”, avaliou Juarez Cunha.

Outros números da pesquisa sobre os motivos pelos quais as pessoas não pretendem atualizar a carteira de vacinação contra doenças recomendadas apontam que 21% dizem acreditar que as vacinas tomadas na infância já são suficientes, 6% não acreditam na eficácia da vacina e 6% têm medo das reações adversas.

Apesar disso, 40% afirmaram estar com a carteira de vacinação em dia. O questionário foi realizado de forma on-line e respondido por 2 mil internautas entre 16 anos ou mais de todas as regiões do país, entre os dias 19 e 29 de outubro de 2021.

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