Os primeiros registros históricos do repente são por volta de 1850, nos estados de Pernambuco e Paraíba
Repente se torna Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil
O Brasil tem um novo patrimônio cultural: o repente. Mais que uma tradição, essa manifestação cultural é uma referência para a identidade da região Nordeste. A arte que mistura música e improviso foi reconhecida, nesta quinta-feira (11), como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, durante a reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural. O colegiado é vinculado ao Iphan, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
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Os primeiros registros históricos do repente são por volta de 1850, nos estados de Pernambuco e Paraíba. O pedido de reconhecimento do repente como patrimônio foi feito em 2013 pela Associação dos Cantadores Repentistas e Escritores Populares do Distrito Federal e Entorno.
O processo é longo, porque o Iphan precisa descrever detalhadamente o bem que pode se tornar patrimônio, reunir toda a documentação possível e fazer o registro audiovisual. Isso tudo forma um dossiê que, para o registro do repente, foi produzido em parceria com o Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília (UnB).
Em alguns lugares, o repente também é chamado de cantoria e tem três fundamentos misturados: o verso, a rima e a fala. De acordo com o dossiê do registro, pelo menos 200 artistas e associações pelo país mantêm viva essa tradição. Entre eles, a dupla Caju e Castanha, que popularizou o repente em shows por todo o país.
Além de conceder ao repente o título de Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, o Conselho Consultivo também revalidou os títulos de Patrimônio Cultural do Círio de Nazaré, no Pará; do modo artesanal de fazer queijo minas, de Minas Gerais; e do modo de fazer renda irlandesa, de Sergipe.
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