A retomada de casos de covid-19 em alguns países da Europa e da Ásia, após um declínio expressivo da pandemia nos últimos meses, serve como alerta para a situação da doença no Brasil. Esses países vêm registrando aumento de casos e óbitos mesmo em locais em que a cobertura vacinal já se encontra em patamares elevados. A advertência foi divulgada nesta sexta-feira (12) pelos cientistas que elaboram o Boletim Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
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“Diante deste novo cenário, o boletim coloca em pauta o debate sobre a necessidade de manutenção das medidas de distanciamento físico e de proteção individual no Brasil e ressalta a desaceleração do ritmo de vacinação de primeira dose contra a covid-19 no país”, destacou a Fiocruz, com base no cenário da Europa e da Ásia.
A nova edição destaca ainda o alerta do diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Europa e Ásia, emitido no início deste mês de novembro, sobre o novo aumento do número de casos e óbitos por covid-19 registrados nesses continentes. Segundo a OMS, países da Europa e da Ásia Central estão vivendo o risco de recrudescimento da covid-19.
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Na última semana de outubro, a Europa e a Ásia Central foram responsáveis por 59% de todos os casos e 48% dos óbitos registrados no mundo inteiro. Com quase 1,8 milhão de novos casos e 24 mil novas mortes relatadas, a Europa e a Ásia Central viram um aumento de 6% e 12%, respectivamente, em comparação com a semana anterior.
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Segundo a OMS, se for mantida esta tendência, essas regiões poderão registrar mais meio milhão de óbitos por covid-19 até 1º de fevereiro de 2022, e 43 países enfrentarão novamente o risco de colapso nas capacidades de resposta dos seus sistemas de saúde. Os casos graves da doença têm se concentrado entre grupos não vacinados, especialmente em países com baixa cobertura vacinal.
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Segundo os pesquisadores do Observatório Covid-19, embora os dados recentes no Brasil indiquem a manutenção da tendência geral de queda dos indicadores monitorados desde o início da covid-19, é importante destacar que a pandemia não acabou e que o risco de recrudescimento permanece com a proximidade da temporada de festas e de férias, com maior circulação e concentração de pessoas em diversos ambientes.