O trabalho das equipes no combate ao incêndio na vegetação do Parque Estadual do Cocó já leva mais de 16 horas. O incêndio começou na noite desta quarta-feira (17), por volta das 18h.
O fogo já consumiu cerca de 20 hectares de área da Unidade de Conservação, entre o Tancredo Neves e o Lagamar. Estão no local equipes do Corpo de Bombeiros, da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer), e 18 brigadistas florestais da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA).
Segundo os bombeiros, chegaram a ser localizados 12 focos de incêndio, os primeiros próximos à avenida Raul Barbosa. Bairros como Aerolândia, São João do Tauape, Vila União e Montese amanheceram com as ruas cobertas pela fumaça.
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De acordo com o titular da SEMA, Artur Bruno, apesar da grande área afetada, o fogo consumiu poucas árvores, atingindo basicamente capim e plantas aquáticas. “Esta é uma área que fica alagada na maior parte do tempo. Quando chega o período de estiagem, entre setembro e dezembro, o nível da água abaixa e o capim fica seco, e os ventos, comuns a esta época, favorecem que o fogo se alastre com mais facilidade”.
O acesso das equipes do Corpo de Bombeiros ficou prejudicado por conta da localização dos focos de incêndio, que ficam próximos à margem do Rio Cocó, em um terreno com muita lama.
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Os trabalhos contam com o apoio aéreo de helicópteros do Ciopaer, que jogam água nos focos, e os brigadistas vão até pontos estratégicos para montar o que eles chamam de cinturão ou acero – que consiste em tirar o combustível natural do fogo, limpando o capim seco e deixando uma área em terra batida, cortando a velocidade do fogo.
De acordo com o Major Francinaldo Melo, comandante da operação, o incêndio na vegetação do Parque do Cocó é considerado pequeno e a fumaça que se alastrou por vários bairros da capital se deve ao tipo de vegetação encontrada no local. “Por ser uma área de pântano, uma área totalmente atípica, o que está prejudicando mais ainda é que, além de termos vegetação seca, nós temos também uma vegetação verde que fica na superfície queimando e isso levanta muita fumaça”.
Equipes dos bombeiros orientam a população de bairros afetados pela fumaça a deixar o local até que a situação melhore para evitar evitar problemas respiratórios e alérgicos.
A avenida Murilo Borges chegou a ser interditada para passagem de veículos por conta do excesso de fumaça, que pode prejudicar a visibilidade no local e causar acidentes.
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