Doença causa dor na região pélvica e pode impedir mulheres de engravidar
Brasil registra 150 mil novos casos de adenomiose todos os anos
A adenomiose é uma doença inflamatória que causa fortes dores no miométrio (camada muscular do útero). No início, os sintomas são silenciosos mas, com a piora do quadro, a enfermidade provoca um fluxo sanguíneo intenso durante o período menstrual, podendo ser acompanhada também de fortes cólicas e, em alguns casos, até um aumento do útero.
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Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que uma em cada dez mulheres sofrem com a doença, que, segundo especialistas, pode causar danos para a fertilidade da mulher. No Brasil, estima-se que 150 mil novos casos são registrados anualmente.
O médico ginecologista e especialista em medicina reprodutiva, Daniel Diógenes, explica que o tratamento da adenomiose pode ser feito com métodos contraceptivos ou nos casos mais graves, até a retirada do útero.
“Essa doença causa inflamações na cavidade uterina e com isso o óvulo fecundado pode ter dificuldade para chegar até o útero, causando assim um obstáculo para a mulher engravidar e nos casos mais delicados pode levar a retirada do útero, o que vai impedir de forma irreversível uma futura gestação”, alerta o especialista.
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Em maio deste ano, a cantora Simone Mendes, 37, da dupla Simone & Simaria, foi diagnosticada com adenomiose. Três meses depois do nascimento da segunda filha, a artista teve que fazer uma cirurgia para a retirada do útero. Após o parto, Simone teve sangramento contínuo por quase três meses, dores e hemorragias intensas, informou à época a assessoria de imprensa da cantora.
Segundo o especialista, a maior incidência dos casos são em mulheres a partir de 30 anos, sendo mais comum em mulheres que já engravidaram. Entretanto, a doença pode atingir qualquer mulher em idade reprodutiva.
“A melhor maneira que a mulher pode prevenir essa e qualquer outro tipo de doença é indo ao ginecologista todo ano. Qualquer desconforto que a pessoa sentir nunca deve ser negligenciado, pois corre-se o grande risco de que uma doença evolua e dificulte ainda mais o tratamento”, orienta Diógenes.
O diagnóstico pode ser feito com uma ultrassonografia transvaginal, ou ressonância magnética. Como é pouco conhecida e confundida com outras doenças da região pélvica da mulher, como por exemplo a endometriose, enfermidade que causa dores na região interna do útero, a adenomiose pode levar mais tempo para ser diagnosticada.
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