Um surto de lesões na pele que, na maioria das vezes, surgem no tronco e nos braços e coçam muito ocorre no Recife, capital de Pernambuco. Até o momento, a secretaria de Saúde local não confirmou qual é o tipo de doença. Pelo menos 149 pessoas já foram contaminadas em seis cidades da região metropolitana.
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A prefeitura da capital trabalha junto com o governo de Pernambuco e o Instituto Aggeu Magalhães na investigação das causas desse surto. São realizados exames laboratoriais, de pele e captura de possíveis fontes da doença, como mosquitos e ácaros.
O chefe da triagem de doenças infecciosas do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, da Universidade de Pernambuco, infectologista Felipe Proasca, descreve esse trabalho de investigação.
“Nesse primeiro momento, estamos fazendo investigação tanto das lesões, para investigação de fungos, parasitas e bactérias, como também de exames de sangue para tentar identificar alguns perfis que não seriam identificadas no exame superficial. Então essa investigação vem sendo realizada e até o momento, nós não tivemos isolamento de nenhum agente”, afirmou.
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Como há indícios de que a doença é transmissível, também são recomendados o isolamento e que as pessoas evitem compartilhar roupas e objetos.
Apesar do grande número de casos em pouco tempo, o infectologista Felipe Proasca diz que não houve nenhum agravamento do quadro daqueles que contraíram as lesões cutâneas.
“Alguns pacientes fizeram tratamento específico para escabiose, outros fizeram tratamento para diminuir o processo inflamatório, mas ainda não temos uma definição de um tratamento que seja curativo. A ideia atual é fazer medicações para diminuir os sintomas (…) são ações que, na grande maioria, são autolimitadas: você tem o início do quadro e a melhora com médico, sem médico, apesar do médico”, disse Felipe Proasca.
Entre as possíveis causas para esse surto de lesões de pele em moradores da região metropolitana do Recife estão a sarna humana, reações alérgicas ou desequilíbrios ambientais provocados por questões como água e proximidade com áreas de mata. Já a relação com doenças transmitidas pelo mosquito da dengue é uma possibilidade remota.
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