Em 2021, os primeiros casos de HIV no mundo completam 40 anos. Pessoas que vivem com o vírus ainda lidam com preconceitos e estigmas por parte da sociedade, mas o diagnóstico, atualmente, já deixou de ser uma sentença de morte e encontrou, com o avanço da ciência, tratamento adequado e gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No Ceará, por exemplo, diversos locais dão assistência às pessoas que vivem com HIV/Aids.
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O Brasil distribui gratuitamente pelo sistema público, desde 1996, todos os medicamentos antirretrovirais e, desde 2013, garante a terapia para todas as pessoas vivendo com HIV, independentemente da carga viral. Todos os níveis de Atenção à Saúde são responsáveis pelo acolhimento e pela assistência a esta população.
No Ceará, 31 unidades hospitalares ou Serviços de Atendimento Especializado (SAEs) integram uma rede de ambulatórios para atender pessoas vivendo com HIV/aids. Confira a relação clicando aqui.
“A gente procura compreender as regiões do Estado e buscar se ali tem ou não assistência de médico infectologista. Ao longo dos anos, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) sempre vem fazendo formação de equipes multidisciplinares e/ou de profissionais específicos, como médicos da Atenção Primária, profissionais de Enfermagem, para que possam dar suporte”, destaca Lino Alexandre, médico infectologista e assessor especial da Secretaria Executiva de Atenção à Saúde e Desenvolvimento Regional (Seade) da Sesa.
A pasta também vem planejando ações para atender quem está inscrito no Programa Cestas Básicas às Pessoas que Vivem com HIV/Aids. Cerca de 400 pessoas devem receber o benefício em 2022. Para receber o suporte nutricional, é preciso ter o diagnóstico de HIV/Aids, residir no Ceará, estar vinculado a um serviço de saúde e com adesão ao tratamento, além de estar cadastrado previamente na plataforma Saúde Digital. Pessoas a partir de 60 anos, gestantes (em qualquer idade gestacional) e pessoas em tratamento para tuberculose durante a vigência do auxílio têm prioridade.
Na rede estadual, os hospitais São José, Geral de Fortaleza, Infantil Albert Sabin e Geral Dr. César Cals, por exemplo, além de policlínicas na Capital e no Interior, dão assistência a diferentes perfis de pessoas HIV positivas. No período de janeiro de 2012 a novembro de 2021, 14.071 casos de infecção pelo vírus e 10.215 de aids foram notificados no Estado, conforme boletim mais recente da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa).
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HIV/Aids
A transmissão do HIV se dá por meio de contato sexual sem o uso de preservativo com uma pessoa que esteja infectada, por contato com sangue contaminado ou mesmo da mãe para a criança durante a gestação, parto ou amamentação.
A prevenção é, ainda, a melhor forma de combater a infecção pelo vírus. As intervenções podem ser biomédicas, quando há uso de preservativos masculinos ou femininos ou de Profilaxias Pós-Exposição (PEP) e Pré-Exposição (PrEP); comportamentais, com incentivo ao uso de preservativos, à testagem, aconselhamento sobre HIV/aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs); e estruturais, com ações de enfrentamento ao racismo, sexismo, LGBTfobia, promoção e defesa dos Direitos Humanos, por exemplo.
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