O Brasil tem registrado cada vez mais um ótimo desempenho nas exportações de commodities ao longo de 2021. Para as frutas frescas, o cenário também é muito bom, com as principais frutas exportadas pelo País apresentando vendas elevadas e algumas atingindo recordes.
O mercado exportador de frutas já vem em ascensão há alguns anos e o setor almeja, desde 2010, atingir a meta de arrecadar US$ 1 bilhão com vendas externas. Caso o cenário externo continue favorável, é bem possível que alcance este ano.
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No balanço das frutas exportadas, acompanhado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) até agosto de 2021, os embarques de todas superaram o desempenho do mesmo período no ano passado, e três estão atingindo recordes em termos de volume: manga, uva e mamão.
Segundo o COO da Ftrade, empresa do segmento de comércio exterior, com 15 anos de expertise, Zakaria Benzaama, um dos fatores que alavancou o faturamento do agronegócio, foi a movimentação recorde do Porto do Pecém. Além disso, aconteceu a ampliação da logística e a parceria que a Ftrade fez junto a novos armadores com o objetivo de atender o restante da demanda escoada no Nordeste, que propiciou a abertura de um novo player dentro do serviço no Norte de Europa, partindo do Ceará.
“A Hapag Lloyd, que já participa do serviço que atraca em Pecém, em joint venture com a italiana MSC, porém sem movimentação nos embarques neste porto, iniciou com um volume expressivo semanal, exportando mais frutas pelo Pecém. Com essa estratégia, foi possível retirar as cargas do Porto de Salvador, devido a escassez de equipamento, e trazer para o Ceará”, comenta Zakaria.
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Perspectivas para 2022
A parceria da Ftrade com a Hapag Lloyd foi fundamental para o faturamento recorde no Porto do Pecém. De acordo com Benzaama, as perspectivas para 2022 são as melhores, levando em conta as produções recordes em todo o País. Se há aumento no crescimento da população, o alimento também acompanha. Além disso, a prática do costume saudável, no cenário mundial, também vem aumentando a demanda por alimentos mais saudáveis e suculentos, no caso as frutas tropicais.
“Novos mercados, como os EUA, estão abertos para receber nossas frutas, especialmente a uva brasileira, por exemplo, e Índia e Bangladesh são mercados potenciais para a nossa maçã. É importante mencionar, ainda, que o que se espera é o avanço da vacina, em todo o mundo, e o controle da Covid-19 para melhorar a movimentação do mercado”, argumenta.
Tudo se encaminha para o sucesso também da safrinha do primeiro semestre, que compreende os meses de abril e maio, quando é possível abrir uma “boa janela” para mercados estrangeiros, Estados Unidos, Norte da Europa e Rússia.
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