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Criminosos expõem privacidade de milhões de brasileiros e vendem dados por R$ 200

As páginas criminosas expõem desde cidadãos anônimos, como autoridades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário

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6 de dezembro de 2021
Portal GCMAIS

Dados de milhões de brasileiros, inclusive autoridades do governo e políticos, são comercializados por R$ 200 por cibercriminosos. As informações completas, inclusive com documentos de identidade, CPF, telefone e endereço foram extraídas de sites da Receita Federal, da Polícia Federal, do Sistema Único de Saúde (SUS), INSS, e de empresas de crédito. 

Criminosos expõem privacidade de milhões de brasileiros e vendem dados por R$ 200
Foto: Shutterstock

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As páginas criminosas expõem desde cidadãos anônimos, como autoridades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Entre os que tiveram a privacidade invadida e exposta em sites para quem paga uma mensalidade, estão ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como Alexandre de Moraes e Dias Toffoli; o governador de São Paulo, João Doria; e até o presidente Jair Bolsonaro. 

Os dados vendidos por R$ 200 são organizados em painéis, como fichas cadastrais, acessadas por meio de login e senha. O documento obtido de forma ilegal inclui nomes de parentes, renda salarial, foto e até assinatura. Alguns casos informam se a pessoa recebe algum benefício social. 

A ousadia dos bandidos é tamanha que não utilizam nem a deep web – rede oculta do sistema www e mais difícil de ser rastreada – mas usam o comércio escancarado em redes sociais, em conversas pelo Facebook, por exemplo. 

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De acordo com Roseli Soglio, advogada criminalista e professora de direito e processo penal, tanto quem vende como quem compra esses bancos de dados cometem crimes. Eles podem ser enquadrados nos artigos 153 e 154 do Código Penal, que tratam da divulgação de conteúdo particular e invasão de dispositivos digitais. 

Roseli Soglio explicou à Folha de São Paulo que o acesso por meio de senhas de funcionários dos órgãos públicos também implica em crime de peculato por parte dos servidores. 

Um dos agravantes do vazamento dos dados é que, ao cruzar informações da Receita Federal, INSS e de empresas de crédito, como a Boa Vista, é possível estimar valores de empréstimos que podem ser liberados em nome das vítimas, com desvio do dinheiro aos criminosos.  

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