O TCU (Tribunal de Contas da União) divulgou relatório nesta semana que revelou irregularidades em 350 mil cadastros de beneficiários do auxílio emergencial em 2021. O programa foi criado pelo Governo Federal em 2020 para ajudar trabalhadores que ficaram sem renda por causa da pandemia de Covid-19. Entre as irregularidades, havia 74,5 mil mortos cadastrados, o que corresponde a 21,29% do total dos casos irregulares.
Para chegar a esses números, o TCU fez o cruzamento de dados para identificar possíveis descumprimentos do critério de elegibilidade para o benefício no período entre abril e julho de 2021.
>>>Siga o GCMAIS no Google Notícias<<<
Ao todo, foram identificados 350.086 indícios de pagamento indevido a beneficiários, com o total de cerca de R$ 100 milhões depositados a pessoas que não teriam direito ao auxílio.
Foram 45.335 inscrições com dados de pessoas mortas em abril e maio, 18.796 em junho e 10.394 em julho de 2021.
Com CPF irregular (anulado, cancelado ou suspenso), nos mesmos períodos, os números são maiores: 62.471 em abril/maio, 3.470 em junho e 61.200 em julho. A soma de inscrições aceitas apesar de o documento obrigatório ser inválido chegou a 127.141 casos.
Em julho, 76% dos problemas encontrados referiam-se a CPF irregular.
O TCU faz a ressalva de que, ao se levar em conta o total do que foi depositado para o público-alvo, que realmente merecia o benefício, R$ 35 bilhões (para 39 milhões de pessoas), “o índice de erros de inclusão é de 0,31%”.
>>>Acompanhe o GCMAIS no YouTube<<<