Fortaleza responde por 41,21% do Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará, o que representa R$ 67,41 bilhões, de um total de R$ 163,57 bilhões, que é a soma de todas as riquezas do Estado. Os dados integram um estudo divulgado este mês pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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O levantamento mostra ainda os dez municípios com maior participação no PIB do Ceará. Fortaleza lidera a lista, seguida por Maracanaú, Caucaia, Juazeiro do Norte, Sobral, São Gonçalo do Amarante, Eusébio, Aquiraz, Crato e Horizonte. Chama atenção o fato de que, dos 10, 7 são da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Outros dois são da região do Cariri (Juazeiro do Norte e Crato) e um município da região Norte (Sobral). Maracanaú apresentou um aumento em sua participação no PIB estadual, passando de 5,82%, em 2002, para 6,71%, em 2019.
São Gonçalo se destaca no PIB per capita
Os dados mostram ainda que os 10 municípios com maiores PIB per capita do Ceará contribuíram com 58,3% do PIB estadual e agregaram em seus territórios 38% da população: São Gonçalo do Amarante (R$ 77.639,32), que vem ocupando o primeiro lugar no ranking desde 2017; Eusébio (R$ 59.678,97), Maracanaú (R$ 42.778,34), Aquiraz (R$ 32.792,37), Fortaleza (R$ 25.254,44), Horizonte (R$ 25.238,28), Jijoca de Jericoacoara (R$ 24.924,54), Pereiro (R$ 22.783,47), Sobral (R$ 21.919,49) e Tianguá (R$ 19.276,27).
Os municípios de São Gonçalo do Amarante, Eusébio e Maracanaú tiveram como principais atividades produtivas em 2019, respectivamente: Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação, Demais Serviços e Indústrias de transformação; Demais serviços e Indústria de Transformação, Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas; e Demais serviços e Indústria de Transformação, Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas. São Gonçalo do Amarante vem ganhando expressão econômica no Ceará, principalmente por ter instalado em seu território o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), formado por termelétricas, pela Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP S/A) e pela Zona de Processamento e Exportação do Ceará (ZPE).
A força da economia da Grande Fortaleza
De acordo com Daniel Suliano, analista de Políticas Públicas do Ipece e um dos autores do trabalho, dos dez municípios com maior PIB per capita em 2019, seis pertencem a região de planejamento da Grande Fortaleza (São Gonçalo do Amarante, Eusébio, Maracanaú, Aquiraz, Fortaleza e Horizonte). Quanto aos demais, estes integram as regiões do Litoral Norte (Jijoca de Jericoacoara), Vale do Jaguaribe (Pereiro), Sertão de Sobral (Sobral) e Serra da Ibiapaba (Tianguá). Na análise dos municípios com menores PIB per capita em 2019, os dez foram: Catarina (R$ 5.749,66), Pires Ferreira (R$ 6.067,21), Itatira (R$ 6.323,87), Miraíma (R$ 6.643,01), Senador Sá (R$ 6.841,58), Caridade (R$ 6.854,90), Tejuçuoca (R$ 6.916,28), Alcântaras (R$ 6.976,04), Palmácia (R$ 7.049,06) e Santana do Acaraú (R$ 7.088,77). Esses respondem por 0,7% do PIB estadual e representam 1,9% da população do Ceará.
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Quanto a localização geográfica dos municípios com menor PIB per capita do Ceará, eles estavam situados nas seguintes regiões de planejamento: Centro Sul (Catarina), Sertão de Sobral (Pires Ferreira, Senador Sá, Alcântaras e Santana do Acaraú), Sertão de Canindé (Itatira e Caridade), Litoral Oeste/Vale do Curu (Miraíma e Tejuçuoca) e Maciço de Baturité (Palmácia). As principais atividades econômicas desenvolvidas nestes municípios em 2019 foram: Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social, Demais serviços Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, Agricultura, inclusive serviços de apoio à agricultura e a pós colheita e Pecuária, inclusive serviços de apoio à pecuária.