CEARÁ

Por dia, açudes no Ceará perdem 2,4 bilhões de litros de água por evaporação

O artigo conseguiu identificar que as perdas nas bordas de açudes com vegetação preservada são até 30% menores do que em áreas degradadas

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21 de dezembro de 2021
Roberta Fontelles

Oito açudes cearenses perderam cerca de 2,4 bilhões de litros por dia, indica trabalho do Grupo de Pesquisa Hidrossedimentológica do Semiárido (Hidrosed), da Universidade Federal do Ceará. A estimativa é suficiente para garantir o abastecimento a 12 milhões de habitantes. O grupo destrinchou os impactos da evaporação nos açudes no Ceará a partir de imagens coletadas por satélite desde 1985.

Por dia, açudes no Ceará perdem 2,4 bilhões de litros de água por evaporação
Foto: Governo do Ceará

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O estudo analisou a situação de oito açudes cearenses em diferentes regiões cearenses e traçou a estimativa de perdas por evaporação de cada um deles. O artigo conseguiu identificar que as perdas nas bordas de açudes com vegetação preservada são até 30% menores do que em áreas degradadas.

Também descobriu que, de modo geral, a evaporação é mais intensa nas margens e áreas próximas às barragens; e mais suave nas áreas mais profundas do açude (geralmente, o centro), o que pode ajudar na consolidação de políticas que procurem reduzir os impactos da evaporação.

O artigo “Evaporation in brazilian dryland reservoirs: spatial variability and impact of riparian vegetation” (“Evaporação em reservatórios em regiões secas no Brasil: variabilidade espacial e impacto da vegetação ripária”) foi publicado recentemente na revista científica Science of Total Environment.

Leia mais | Momento histórico: águas do rio São Francisco chegam ao açude Castanhão

As águas do rio São Francisco, finalmente, chegaram ao açude Castanhão em março deste ano. O marco histórico era esperado desde o dia 1º de março, quando foi aberta a comporta do km 53 do Cinturão das Águas do Ceará (CAC), dando início à viagem das águas.

O desague deve beneficiar cerca de 4,5 milhões de cearenses que vivem no interior, trazendo segurança hídrica para o Ceará. A estimativa inicial era que a chegada no açude Castanhão acontecesse em até um mês, mas acabou sendo antecipada por conta das chuvas que banharam a região do Cariri, aumentando o nível do rio Salgado.

Antes de chegar ao Castanhão, as águas do Velho Chico passaram por Jati, Missão Velha, Icó, Lavras da Mangabeira, Jaguaribe e Jaguaribara.

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