Oito açudes cearenses perderam cerca de 2,4 bilhões de litros por dia, indica trabalho do Grupo de Pesquisa Hidrossedimentológica do Semiárido (Hidrosed), da Universidade Federal do Ceará. A estimativa é suficiente para garantir o abastecimento a 12 milhões de habitantes. O grupo destrinchou os impactos da evaporação nos açudes no Ceará a partir de imagens coletadas por satélite desde 1985.
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O estudo analisou a situação de oito açudes cearenses em diferentes regiões cearenses e traçou a estimativa de perdas por evaporação de cada um deles. O artigo conseguiu identificar que as perdas nas bordas de açudes com vegetação preservada são até 30% menores do que em áreas degradadas.
Também descobriu que, de modo geral, a evaporação é mais intensa nas margens e áreas próximas às barragens; e mais suave nas áreas mais profundas do açude (geralmente, o centro), o que pode ajudar na consolidação de políticas que procurem reduzir os impactos da evaporação.
O artigo “Evaporation in brazilian dryland reservoirs: spatial variability and impact of riparian vegetation” (“Evaporação em reservatórios em regiões secas no Brasil: variabilidade espacial e impacto da vegetação ripária”) foi publicado recentemente na revista científica Science of Total Environment.
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As águas do rio São Francisco, finalmente, chegaram ao açude Castanhão em março deste ano. O marco histórico era esperado desde o dia 1º de março, quando foi aberta a comporta do km 53 do Cinturão das Águas do Ceará (CAC), dando início à viagem das águas.
O desague deve beneficiar cerca de 4,5 milhões de cearenses que vivem no interior, trazendo segurança hídrica para o Ceará. A estimativa inicial era que a chegada no açude Castanhão acontecesse em até um mês, mas acabou sendo antecipada por conta das chuvas que banharam a região do Cariri, aumentando o nível do rio Salgado.
Antes de chegar ao Castanhão, as águas do Velho Chico passaram por Jati, Missão Velha, Icó, Lavras da Mangabeira, Jaguaribe e Jaguaribara.
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