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Gripe e Covid-19: veja as formas de prevenção e tratamento

Gripe e Covid-19: veja as formas de prevenção e tratamento

Foto: Pexels

O crescente número de casos de gripe no Ceará e no País têm gerado preocupação, principalmente após os múltiplos episódios relacionados ao vírus influenza A do subtipo H3N2. Diante da pandemia de Covid-19 e da semelhança dos sintomas entre esta e a gripe, dúvidas a respeito de como se prevenir e se tratar em ambas as situações têm surgido com mais frequência.

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O consultor em Infectologia da Escola de Saúde Pública do Ceará, Keny Colares, explica que o subtipo do vírus da gripe não é mais agressivo que os demais.

“A doença é a mesma, porém, estamos menos protegidos, visto que passamos dois anos com baixa ocorrência de gripe. Neste período, estávamos nos protegendo contra a Covid-19, fazendo uso de máscaras e outras medidas que também nos protegiam da gripe. O relaxamento recente das medidas de prevenção nos deixou ainda mais vulneráveis”, pontua o infectologista.

O aumento dos casos de gripe em meio à pandemia por outro vírus é um fator agravante. Os sintomas entre as duas doenças são semelhantes, o que pode dificultar o diagnóstico. Mas algumas diferenças podem ser observadas: uma pessoa com influenza apresenta sintomas mais fortes já no primeiro dia, enquanto a infecção pelo coronavírus tende a se manifestar mais perigosamente, podendo se tornar mais intensos no fim da primeira semana.

“A gripe causa febre alta de uma hora para outra, muitas vezes associada à dor de cabeça, moleza no corpo, falta de apetite e a sintomas respiratórios, como nariz entupido e coriza. E com mais ou menos uma semana, a pessoa já está melhor, sem sintomas”, detalha Colares. Em alguns pacientes, especialmente quando existem fatores de risco, a doença pode se agravar a partir do 3º ao 5º dia, podendo se instalar a forma mais grave da doença (síndrome respiratória aguda grave, SRAG).

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Em relação à Covid-19, a febre e os sintomas respiratórios podem se instalar mais silenciosamente, tendendo a se agravarem no fim da primeira semana. As manifestações mais graves da doença costumam aparecer no início da segunda semana de sintomas.

Diante da similaridade da manifestação das doenças, é recomendado que se procure fazer, com maior brevidade possível, o teste para descartar o diagnóstico de infecção pelo coronavírus. Os testes para influenza são menos disponíveis, mas neste momento epidemiológico pode-se realizar o diagnóstico de gripe após a exclusão de Covid-19.

Prevenção

As doenças são transmitidas por via respiratória e os cuidados preventivos são muito semelhantes. “Quem consegue se proteger de uma, se protege da outra”, enfatiza o consultor. Entre as principais orientações, estão: evitar aglomeração; utilizar corretamente a máscara, cobrindo nariz e boca; manter os ambientes ventilados e o isolamento das pessoas que estão com algum sintoma respiratório.

A vacinação é outro ponto fundamental e há imunizante para ambas. “No início da vacinação contra a Covid-19, era recomendado evitar a aplicação simultânea das duas vacinas, mas isso já não é necessário. É possível fazer as duas vacinas no mesmo dia sem que haja prejuízo para a pessoa“, sublinha o infectologista. Para a aplicação das vacinas, é importante consultar as prefeituras municipais ou as secretarias de Saúde.

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Tratamento dos casos de gripe

De acordo com Keny Colares, o tratamento em casos de gripe é simples. “Com medicação para febre, dor; fazer limpeza do nariz com soro fisiológico para manter as vias aéreas limpas; tomar bastante líquido; e repouso. Isso costuma resolver a situação da maior parte das pessoas”.

O uso de outras medicações, ele pontua, só é preconizado para pessoas que têm um risco maior de desenvolver a forma mais forte da doença (SRAG). “Pessoas com mais idade, crianças (especialmente as que têm menos de cinco anos), pessoas que têm problemas crônicos de coração, pulmão, de fígado, enfim, se beneficiam com a medicação, que tem mais efetividade nos dois primeiros dias de sintomas”, informa.

A prescrição de medicamentos deve ser sempre avaliada por um profissional de saúde. “Deve ser usado somente por pessoas que têm um risco maior de ter a doença mais grave”, reforça.

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