A virada do ano deve ser de chuva em grande parte do Brasil
Inmet alerta para fortes chuvas no país até 1º de janeiro
Depois da chuva forte causar diversos danos nas cidades de Lençóis, Itabuna, Caravelas e Ilhéus, na Bahia, e no norte de Minas Gerais, como nas cidades de Pedra Azul e Salinas, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta sobre a condição de tempestades em parte das Regiões Sudeste e Centro-Oeste até o dia 1º de janeiro de 2022.
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Alerta
Segundo o Inmet, entre a noite de quarta-feira (29) até a noite do dia 1º de janeiro de 2022, uma massa de ar úmida e instável deverá provocar muita chuva sobre o norte, centro e leste de Goiás, Distrito Federal e no noroeste de Minas Gerais, onde os totais de chuva podem superar os 200 milímetros (mm). Além disso, os totais de chuva no centro, sul e leste de Minas Gerais e na Região Serrana e sul do Rio de Janeiro devem variar entre 70 e 100 mm. Não estão descartadas eventuais quedas de granizo nessas áreas.
Os acumulados de chuva em dezembro de 2021 (considerando dados até a manhã do dia 27/12) já ultrapassaram, e muito, a média de todo o mês. Em algumas Estações Meteorológicas do Inmet, o mês de dezembro de 2021 é o mais chuvoso há pelo menos 15 (quinze anos).
Virada
A virada do ano deve ser de chuva em grande parte do país, mas o clima continuará quente e abafado. Segundo os meteorologistas, há grande possibilidade de chuva no Centro-Oeste, Norte e Sudeste.
Histórico
O mês de dezembro de 2021 foi marcado por muita chuva em grande parte da Bahia e no norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. O principal fenômeno meteorológico responsável pelas chuvas nessas áreas foi a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). A ZCAS é um dos principais sistemas meteorológicos responsáveis pela reposição hídrica em parte do Brasil central no período chuvoso e tem como característica a persistência de uma faixa de nuvens que fica, praticamente estacionada, provocando muita chuva sobre as mesmas áreas por, pelo menos, quatro dias consecutivos. Além da ZCAS, a temperatura da superfície do mar nos oceanos Pacífico e Atlântico também contribuiu para potencializar as condições das chuvas.
No Oceano Pacífico, a atual temperatura do mar abaixo da média configura o fenômeno La Niña. Tecnicamente, é chamado de fase fria do fenômeno El Niño – Oscilação Sul (ENOS). Atualmente as anomalias são da ordem de -1,1°C, o que define o fenômeno como de intensidade moderada. A maioria dos modelos de previsão gerados pelos principais centros internacionais de Meteorologia, indicam uma probabilidade superior a 60% de que se mantenha o fenômeno La Niña durante o verão, podendo atingir a intensidade de moderado entre os meses de dezembro/2021 e janeiro/2022.
Já no Oceano Atlântico Sul, as temperaturas da superfície do mar estiveram em torno de 0,5°C acima da média em toda a costa da Região Nordeste do Brasil, favorecendo a manutenção e permanência da banda de nebulosidade da ZCAS sobre grande parte do estado da Bahia.
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