Quem passa pela avenida Barão de Studart, em Fortaleza, já deve ter notado as peças de artesanato expostas ao longo do canteiro central na altura do Palácio da Abolição, sede do Governo do Ceará. Feitas a partir do talo da carnaúba, árvore símbolo do Nordeste brasileiro, as obras são do jardineiro e artesão Eduardo Ângelo, de 56 anos, que há 25 anos trabalha cuidando do jardim do Palácio.
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Assim como seu trabalho, Eduardo não passa despercebido. Ele é todo arte em cada detalhe. Sua caracterização, que remonta a figura de cangaceiro, faz parte da linguagem que Eduardo desenvolveu para se comunicar não só com os colegas que compartilham a rotina de trabalho, mas também não perder as próprias memórias.
O trabalho e a imagem do homem sorridente e gentil também contam a história do menino sonhador que nasceu em Pentecoste, no Vale do Curu, e passou a infância e adolescência aprendendo sobre o tempo da natureza enquanto ajudava a família a plantar e a colher. Aos 20 anos de idade, querendo novas oportunidades, Eduardo se mudou sozinho para a Capital cearense, onde conseguiu o primeiro emprego como vigilante terceirizado. Entrar para o mundo da jardinagem não foi coisa pensada, mas aprendeu fazendo, como ele gosta de dizer.
Ao longo dos anos, Eduardo aperfeiçoou o ofício e saiu em busca de novas chances. Foi quando surgiu a vaga para jardineiro na sede administrativa do Banco do Estado do Ceará (BEC) e, após o banco ser extinto, foi transferido para o Palácio Iracema, localizado no Centro Administrativo Bárbara de Alencar, no bairro Edson Queiroz. O local sediava o gabinete do governador até meados de 2010 — antes da transferência da sede do Executivo estadual para o Palácio da Abolição.
O repórter do Grupo Cidade de Comunicação, Edney Cunha, foi ao Palácio da Abolição conversar com o artesão-jardineiro Eduardo Ângelo.
Acompanhe a reportagem exibida no Balanço Geral Manhã, da TV Cidade Fortaleza.
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