Na madrugada do dia 27 de janeiro de 2018, a maior chacina já registrada até então no Ceará, deixou 14 pessoas mortas e 9 feridas no bairro Cajazeiras. As vítimas estavam no “Forró do Gago”.
Segundo informações de testemunhas, homens fortemente armados chegaram ao local em três carros e fizeram os disparos. Eles seriam da facção Guardiões do Estado (GDE) e teriam recebido ordens para matar os membros do Comando Vermelho (CV). De acordo com a Polícia, nem todos os mortos tinham envolvimento com as facções.
Hoje, quatro anos depois, o processo sobre o caso está em fase de instrução. Haverá audiências para ouvir testemunhas e réus por videoconferência nos dias 17 e 21 de fevereiro de 2022, a partir das 8h30.
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Os mandados de intimação estão sendo expedidos pela Justiça desde novembro. Algumas pessoas que seriam ouvidas já faleceram no decorrer do tempo.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) houve várias movimentações desde a abertura do caso, como pedidos de desmembramentos, renúncias de advogados, nomeação de defensores públicos e apresentação de defesas preliminares dos réus. Apenas ao final de 2020 ocorreram as primeiras audiências do caso.
Segundo nota enviada pelo TJCE, “a tramitação do processo, dada a complexidade da causa, a multiplicidade de réus, de vítimas e de delitos apontados, segue em andamento na 2ª Vara do Júri de Fortaleza. O caso está inserido em iniciativas que visam acelerar o julgamento de processos, como o Programa Tempo de Justiça – sistema que acompanha homicídios, com autoria esclarecida – e o Masp – Movimento de Apoio ao Sistema Prisional – programa que busca priorizar e acelerar o julgamento de processos de réus multidenunciados, que respondam a seis ou mais processos criminais”.
Denunciados pela chacina
- Auricélio Sousa Freitas
- Ayalla Duarte Cavalcante
- Deijair de Souza Silva
- Ednardo dos Santos Lima
- Fernando Alves Santana
- Francisco de Assis Fernandes da Silva
- Francisco Kelson Ferreira do Nascimento
- João Paulo Felix Nogueira
- Joel Anastácio de Freitas
- Misael de Paula Moreira
- Noé de Paula Moreira
- Rennan Gabriel da Silva
- Ruan Dantas da Silva
- Victor Matos de Freitas
- Zaqueu Oliveira Silva
Atualmente, o nome de Rennan Gabriel da Silva não consta mais no andamento do processo por motivo de morte por tuberculose nos leitos do hospital São José, em Fortaleza, em 2019. Deijair, Misael, Noé e Zaqueu foram apontados na investigação como líderes da facção que ordenou o massacre.
Até agora, os únicos presos que continuam em unidade penitenciária federal são Noé de Paula Moreira e Misael de Paula Moreira. Ayalla Duarte Cavalcante responde em liberdade e os demais estão em prisões estaduais, de acordo com informações do TJCE.
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