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Confiança da indústria registra sexta queda consecutiva, informa FGV

Indústria deve qualificar 9,6 milhões de pessoas até 2025

Foto: José Paulo Lacerda

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 1,7 ponto em janeiro, para 98,4 pontos, o menor nível desde julho de 2020, quando o índice atingiu 89,8 pontos. Trata-se da sexta queda consecutiva do indicador. O índice varia de zero a 200 e resultados acima de 100 indicam otimismo do setor.

Em médias móveis trimestrais, o ICI manteve a tendência negativa ao cair 2,3 pontos. As informações foram divulgadas hoje (27) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

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Segundo a economista do instituto Claudia Perdigão, o setor industrial inicia 2022 com queda disseminada da confiança entre os segmentos, pesando sobre esse resultado as incertezas em decorrência do aumento dos casos de covid-19 que tem levado a reduções no quadro de funcionários e a ampliação das restrições em países que sentiram o recrudescimento da pandemia.

“Nesse sentido, tanto as perspectivas sobre o ritmo da atividade produtiva, quanto sobre a evolução da demanda foram comprometidas. A sequência de quedas não é observada desde 2014, quando foram registrados oito meses consecutivos de retração. A redução gradual dos gargalos que vêm pressionando a indústria, como a escassez de insumos, pode colaborar para a recuperação do setor no decorrer de 2022”, disse a economista.

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Influências

De acordo com o levantamento, o resultado do mês foi influenciado por uma piora tanto das avaliações sobre a situação atual quanto das perspectivas para os próximos meses.

O Índice Situação Atual (ISA) cedeu 1,2 ponto, para 99,8 pontos, menor valor desde agosto de 2020 (97,8 pontos). O Índice de Expectativas (IE) caiu dois pontos para 97,1 pontos, menor patamar desde abril de 2021 (96,9 pontos).

Entre os itens que compõem o ISA, o pior desempenho se deu no indicador que mede a situação atual dos negócios, com queda de 6,4 pontos para 89,4 pontos, menor valor desde julho de 2020 (87 pontos). O indicador de demanda total recuou 4,2 pontos para 99,5 pontos e acumula perda de 14,1 pontos nos últimos sete meses.

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“Dos indicadores que integram o IE, a produção prevista para os próximos três meses foi o que mais influenciou a queda do ICI no mês de janeiro, ao cair 4,7 pontos para 94,1 pontos, menor nível desde maio de 2021 (93,1 pontos). O emprego previsto para os próximos meses se manteve relativamente estável ao variar 0,3 ponto para 102,1 pontos. A tendência dos negócios para os próximos seis meses continua em trajetória negativa pelo sexto mês consecutivo, caindo 1,2 ponto em janeiro, para 95,4 pontos, menor valor desde agosto de 2020 (88,8 pontos)”, disse o Ibre/FGV.

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