No Ceará, a variante Ômicron representa 99% dos casos positivos de Covid-19. Relatórios da Rede de Vigilância Genômica da Fiocruz confirmam a rápida expansão e predominância da cepa no Estado, menos de 1 mês desde a confirmação do primeiro caso pela Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), no dia 23 de dezembro.
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A presença da variante Ômicron está diretamente relacionada ao aumento expressivo na taxa de positividade dos testes, que subiu de 3% para mais de 64% em um curto período. Os dados consideram amostras coletadas entre 1º de dezembro de 2021 e 22 de janeiro de 2022.
Foram analisados 966 exames positivos para Covid-19, entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022, por meio de testes de inferência molecular por RT-PCR que detectam mutações características da variante Ômicron. Até a 3ª semana de dezembro, os dados não indicavam nenhuma circulação da variante, quando de forma repentina, 34% dos testes apresentaram resultados condizentes com a Ômicron.
Na semana entre o Natal e o Ano Novo, esta proporção subiu e já estava acima de 78% dos testes, atingindo mais de 97% na primeira semana do ano de 2022. Ao mesmo tempo, o número de amostras detectáveis no laboratório avaliado aumentou mais de 30 vezes no período, passando de 45 amostras por semana para mais de 1500 amostras com resultado positivo, por semana.
Dados mais recentes da 3ª semana epidemiológica de 2022 já indicam que a prevalência da Ômicron no Ceará é praticamente absoluta, chegando a mais de 99% dos casos investigados.
A Fiocruz Ceará alerta que, apesar da maioria dos casos estarem relacionados a sintomas leves, a variante Ômicron possui um índice muito elevado de transmissibilidade e, diante do atual cenário da pandemia, é indispensável se manter e fortalecer as medidas de prevenção, como o distanciamento social, uso de EPI, como máscaras N95 ou PFF2, e intensificar as medidas de higiene pessoal, evitando-se aglomerações e principalmente, atentando-se ao calendário de vacinação contra o vírus.
Segundo a Fundação, pessoas com o esquema vacinal completo ou que tomaram a dose de reforço aumentam os níveis de proteção contra a Ômicron e a outras Variantes de Preocupação (VOCs) mais transmissíveis do SARS-CoV-2.
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) usa letras do alfabeto grego para denominar as variantes importantes do novo coronavírus. Batizada de Ômicron – letra grega correspondente à letra “o” do alfabeto -, a cepa B.1.1.529 foi identificada em Botsuana, país vizinho à África do Sul, em meados de novembro de 2021.
Além de países vizinhos a Botsuana – África do Sul, Lesoto, Namíbia, Zimbábue e Eswatini (ex-Suazilândia) -, casos da variante Ômicron também foram registrados em outras regiões: Hong Kong, na China, foi a primeira delas. No Brasil, os primeiros casos reportados foram em São Paulo no dia 30 de novembro de 2021. No Ceará, a variante foi identificada pela Secretaria de Saúde do Ceará, pouco antes do Natal.
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