Histórias de quem conseguiu uma oportunidade de emprego formal no Ceará e também quem perdeu o emprego ao se recolocar profissionalmente marcam o segundo ano pandêmico. “Foi um grande momento pra mim e para a minha família”, disse Raphael Venâncio após conseguir um emprego depois de passar mais de três anos completamente desempregado. Por outro lado, Guilherme Almeida “nem sabia como contar pra minha mãe e pro meu pai”, depois de perder o emprego após três meses numa empresa.
O que as duas histórias sobre emprego têm em comum é a emoção. Embora sejam emoções antagônicas, isso mostra como ter ou não um emprego mexe com toda a família. O estado do Ceará terminou o ano de 2021 com um saldo positivo de 81.460 empregos gerados.
Dentre esses está a vaga ocupada pelo Raphael, que é formado em administração. A última experiência profissional do jovem de 28 anos tinha sido ainda em 2018, quando saiu de uma empresa de importação e exportação. De lá pra cá foram incontáveis currículos enviados, dezenas de entrevistas feitas e muitos nãos. O administrador chegou a pensar em “desistir de toda a carreira e recomeçar do zero”, o que acabou não acontecendo.
“Sempre quis trabalhar com administração, sempre quis essa carreira. E eu estava na mesma empresa desde o estágio na faculdade, foram quase 7 anos, sair não foi uma experiência legal”, disse Raphael.
No fim de 2021, mais precisamente em outubro, após intensa seleção, Raphael Venâncio conseguiu uma nova oportunidade, desta vez em uma empresa de laticínios. Para ele, “foi um recomeço para uma nova jornada, um novo sonho”.
Emprego x desemprego
Na contramão do Raphael está o Guilherme, o publicitário de 31 anos perdeu o emprego depois de apenas três meses. O mais doído pra ele é que essa foi a primeira oportunidade na profissional, já que até ele sempre trabalhou como analista de sistemas, mas sempre quis trabalhar com publicidade. Assim, Guilherme voltou pra faculdade e abriu mão de um emprego de 6 anos para assumir uma vaga de redator, o que acabou não dando certo.
“Foi muito difícil, após o período de experiência eu simplesmente fui dispensado. Saí sem rumo, já que para assumir esse cargo eu voltei pra casa dos meus pais, para, claro, economizar. Mas não desisti, sigo à procura.”, lamentou o publicitário.
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Guilherme está entre os 411.109 cearenses que foram desligados dos seus trabalhos no ano passado, já o Raphael está entre os 492.569 pessoas admitidas em vagas de emprego formais durante o ano. E é exatamente a partir de dessa diferença entre admissões e demissões que chegamos ao saldo positivo de mais de 80 mil postos de trabalho criados, de acordo com dados do Caged, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, divulgados nesta segunda-feira, 31, pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social.
A geração de oportunidades de trabalhos formais no Ceará foi a terceira melhor do Nordeste, abaixo apenas da Bahia, que conseguiu gerar 133.779 postos e Pernambuco que gerou 89.697 empregos. O Ministério do Trabalho informou que o Brasil gerou 2,73 milhões de empregos com carteira assinada em 2021.
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